Páginas

Encerrado:

Aqui foi o começo de tudo, mas como todo filho um dia tem que ir embora decidi ir atrás de novas experiências literárias no Blog Meia Garrafa e Uma Dúzia de Histórias (www.gabrielpontes.com)
Algumas poesias selecionadas foram migradas para o novo blog.

Aqui jaz um menino cheio de sonhos que não repousam junto com ele.



Gabriel Pontes
g.ponteslima@gmail.com
Escritor

domingo, 25 de outubro de 2009

Dual

Ando hoje sem propósitos
Todo nesse mundo é apenas um desgaste
Vivo vagando e me perguntando:
Pai, por que me abandonastes?

Perambulo pelos cantos
Fazendo o que sempre fazia
Encontrando o aconchego nos ombros amigos
Na velha e manjada boemia

Que propósito tenho eu
Que ainda ponho-me a indagar
Quando olhando para trás vejo tudo o que passei
Mas na frente vejo muito caminho a trilhar

Encontro-me sem rumo
Colhendo os frutos que eu mesmo plantei
Indagando-me com tom desajeitado:
Pai, por que te abandonei?

Uno minhas mãos em oração
Peço refúgio a quem não acredito
A ele mesmo, o tão famoso Deus
Ou nas garras do feroz Mefisto

Sinto vontade de repor
Meu coração que eu aposentei
Logo ali atrás do armário
Dentro de uma caixa de sapatos onde eu o coloquei

Mas que nada
Não a coragem para que isso seja feito
Sempre serei o renegado anjo de Deus
Jamais lembrado pelos seus feitos

Sou o poeta sem coração
Sem Deus o poderoso abrigo
Serei para sempre escravo de minha devoção
Pelo confuso mundo por mim escolhido.

Gabriel Pontes

sábado, 26 de setembro de 2009

Mensagem ao Vento;

Queria que todos os caminhos que eu trilhasse me levassem até você
Queria que todas as estrelas do céu, se eu as seguir, me levassem até você
Queria guiar-me pela bússola, pois você é meu norte, és meu forte, és meu amor.

Quis isolar-me do mundo e trilhar meu caminho sozinho até que encontrei a ti
Queria, depois de te encontrar levar-te as estrelas, um lugar especial onde Deus possa nos ouvir dizer um para o outro: Eu te amo.

Tudo que eu queria era apenas ter tua mão na minha mão, teus olhos a observar minha medíocre pessoa e dizer: Eu te aceito como tu és. E depois caminhar nas águas serenas da felicidade.

Mas hoje ainda tento encontrar os caminhos que levam a ti
As estrelas que me guiariam a ti
E minha bússola aponta para lugar nenhum

Hoje só me resta gritar eu te amo, para que o vento leve essa mensagem até encontrar a ti,

meu amor.

Gabriel Pontes

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

No que me tornei?


Que se passa em mim?
Estou virando um ser inanimado
Sem idéias próprias, sem idéias a defender
Não sou mais o antigo celerado

Cadê os livros que não estão mais em minhas mãos?
No meu blogue nem postagem a vagar
Só falo de Deus e do Demônio ou do quanto não gosto das pessoas
Algo que virou repetição e que todos tendem a esperar

O que ouve com meu eu incomum?
Aquele que não acreditava em nada
Aquele que bebia vinhos
E lia filosofia nas madrugadas?

O que ouve comigo?
Por que não tenho mais a solidão
A felicidade torna-me tão improdutivo
Era mais feliz quando não tinha coração?

O que aconteceu comigo?
Não consigo mais ouvir o medo
Não consigo mais ouvir as mentes
E desvendar seu segredos

O que ouve comigo?
No que me tornei?
Tornei-me naquilo que mais temia
Tornei-me aquilo que tanto critiquei

Um patético sentimental
Amante, emotivo e natural
Porque me tornei Jesus
Neste pobre arrogante sentimental?


Gabriel Pontes

domingo, 23 de agosto de 2009

Leitor


Antes de mais nada recebi dicas de como tornar meu blogue mais popular. Recebi essas dicas de pessoas que com suas capacidades limitadas não entenderam o intuito do blogue. Eu não escrevo para você ler, este blogue é um grande diário que narra às etapas da vida de um moribundo.

Não escrevo coisas bonitinhas, nem poesias alegres, nem gosto disso. Eu falo do gato morto, do moleque de boca suja. Falo dos sentimentos hiperbolizados. Falo do nada, do vazio, da morte, do medo, da solidão. Falo o que der vontade. Falo palavrões. Não falo de Deus, falo do Diabo. Não tenho medo de escrever o que penso, e muito menos de desagradar você.

Eu não tenho o intuito de escrever perfeitamente, com introdução, desenvolvimento e conclusão. Sou um escritor de merda que pensa o que digitar no banheiro e sendo assim dá asas a sua imaginação. Não pretendo manter a concordância, muito menos uma ordem cronológicas dos fatos. Sou escritor de beira de estrada, que para comprar uma caneta teve de vender os sapatos.

Não vou substituir palavras, se merecer não vou usar a forma culta. Sinto falta de ao invés de ouvir calado chamar alguém de filho da puta!

Sou um cara que acabou esquecendo que não se pode agradar a todos, não se pode ser bom para todos. Descobri o que já imaginava. A verdade é que não escrevo para agradar e por isso agrado a muitas pessoas. Sei que se ainda existe alguém que lê estes textos é por que tem um coração puro e admira a verdade.

Chega de hipocrisia, chega de agradar!

Por fim, precisava muito dizer isso, interpretem como quiser.

Matanza!


quarta-feira, 19 de agosto de 2009

História Infantil

Obs: Limpe sua mente antes de ler;

Em um mundo não muito distante
Formava-se um casal
Uma linda fêmea Quero-Quero
Com um formoso pássaro Pica-pau

Os dois se apaixonaram
E passaram a noite no bananal
Resultado: A Quero-Quero ficou grávida
E o pai era o Pica-Pau

Juntaram-se e casaram-se
Mas havia uma confusão banal
Qual seria o nome do filho
Daquele formoso casal?

Resolveram misturar
Uma idéia excepcional
Misturaram o nome Quero- Quero
Com o nome Pica-Pau

E formou-se a confusão
Dentre todas a mais banal
Qual seria o nome do filho?
Quero-Pica ou Quero-Pau?

O pai queria por que queria
Colocar no seu filho o Pau
Mas a Quero-Quero Protestou:
-Quero Pica! É mais legal.

Então se passou o tempo
Nesse mesmo assunto anormal
A Mãe queria Pica
E o Pai queria Pau

E logo a natureza surpreendeu
Quando chegou a hora do parto
O Pica-Pau descobriu que eram gêmeos
E quase morreu de infarto

Mas a natureza muito sábia
Criou um desfeche triunfal
E assim a filha foi batizada "Quero-Pica"
E o Filho "Quero-Pau.'

Gabriel pontes


segunda-feira, 27 de julho de 2009

Reflexão



Olá queridos leitores de quem não gosto, mas agradeço por estarem aqui. Neste domingo de 26 de Julho fui assaltado em frente o prédio da minha namorada. É engraçado, eu ainda abalado, tentar falar sobre o assunto que visto de olhos exteriores parece pouca coisa, mas para meu caso que passei pela situação foram os segundos mais apavorantes de minha vida até então.

Não sei descrever ao certo qual sentimento prevalece e tentando classificá-los lembrei dos 5 estágios da morte que são: negação e isolamento, raiva, barganha, depressão e por ultimo aceitação.

R
efletindo sobre o assunto, em uma conversa com um amigo meu, que também foi assaltado, escolhi 5 fatores, no qual usarei para desabafar. São os 5 estágios de quem sofreu um assalto.

Primeiro Estágio: MEDO

Com uma arma branca apontada em minha direção acompanhado de gritos ameaçadores de alguém que não tem nada a perder, meu corpo para. Vem em minha mente tudo que meus pais me falaram, chega até a duvidar daquilo tudo e pensa: Isso está acontecendo comigo?

Meu coração acelera, minhas pupilas se abrem, me sinto pequeno. Peço dentro de mim que nada de mal aconteça, entrei num transe, aqueles segundos parecem horas.

Segundo Estágio: Incapacidade

A todo momento vi uma forma de reagir, mas nada acontecia. Meus músculos apenas faziam o que a voz intimidadora mandava como se o cérebro tivesse ligado o piloto automático e pulado fora do corpo. Capacidade eu tinha de reagir, mas uma voz interior dizia que nada fizesse.

Mesmo assim senti-me como uma criança. Tive vontade de correr e gritar.

Terceiro Estágio: Raiva

"Agora corre!" -As ultimas palavras que ouvi dele. Não podia acreditar que eu tinha sido assaltado, bateu-me uma raiva me perguntando todo momento: Por que eu não reagi? Por que não percebi que ele queria em roubar? Como eu me senti inútil. "De que vale as artes marciais que pratiquei se não pude fazer nada?" - Foi o que deixei escapar de minha boca!

Queria bater em algo, em alguma coisa, naquele ladrão filho de uma puta miserável! Queria ver minha mão amassando o rosto dele e o sangue melando minha camisa. Raiva!

Quarto Estágio: Tristeza

Ao subir até o 11º andar do prédio, me senti mais aliviado. Estava pálido e tremendo. A raiva havia passado, mas a sensação de perda material tomava conta. Segurei meu celular (que o ladrão não levou por que eu disse que não tinha), tentei nos primeiros minutos ligar para meu pai, mas não consegui. Queria ligar e contar tudo chorando. Mas para não deixá-lo nervoso quis em acalmar primeiro. Tomei água e quando em fim consegui ligar não acreditei no que eu falava. Minha voz estava densa: "Alô pai? Fui assaltado, mas não se preocupa não, ta tudo bem comigo, ele só levou meu pertences." A voz do meu pai me acalmou e eu pensei na hora "belo filho sou eu que leva preocupação para o pai!"

Quinto estágio: Aceitação

Um dia depois, ainda sou abalado pelas imagens e por tudo que aconteceu. Infelizmente esse é o retrato da ignorância humana, que pega os menos avisados que se expõe demais. Minhas crenças me permitem afirmar que se isso aconteceu foi por que alguma coisa deve ser mudada. E quando andamos muito fora da linha a vida vem com um choque de realidade e te mostra que o perigo existe, e que você não passa de um garoto de 16 anos, que não viu nada da vida, que não viu nada do mundo e que não sabe de nada. Essa cápsula criada por nós de que nada pode nos atingir é quebrada quando vemos que podemos ser vitimas de tudo.

Sou grato aos meus pais e meus amigos que estão me ajudando a me recuperar. O que há de mais precioso em mim ele não levou, a vida. Eu as 00:36 consigo terminar de escrever bem próximo do quinto estágio. Sinto-me mais confortável em falar sobre o assunto. Sei que ainda há uma mescla de sentimentos, mas com tudo fico feliz por está aqui escrevendo para vocês.

Sei que tudo na vida há um propósito, um propósito que nos mostra como agir e reagir. Hoje levo mais a sério a frase que diz: "Somos pó e ao pó retornaremos."

Gabriel Pontes

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Conversa com Deus

Foi me proposto um desafio que era de criar uma carta, uma conversa com Deus, seguindo meu ponto de vista Ateísta. Privaram-me do sarcasmo e das ironias, disseram que tinha que ser uma conversa bem simples como seria uma conversa normal com Jah. É difícil escrever sem soltar alguma agulhada quando estou me referindo a religiões ou a Deus, creio que deixei escapar alguma coisa, mas sinceramente, Thor gostou!


Deus, sei que ultimamente não tenho sido um bom filho, no entanto prefiro não creditar no senhor. Talvez seja só mais uma pseudo máscara para ocultar alguém de muita fé. Tenho sim blasfemado muito a sua imagem criada pelos homens e com toda certeza não me arrependo disso, jamais partilharei dessa imagem tão suja que eles criaram.

Deus, tenho tentado através da razão e da ciência explicar para os outros que o mundo não é mágico, tento mostrar as pessoas que se elas parassem de conversar com o senhor para morrer na esperança de uma melhora súbita vida e ao invés disso rezassem para suas pernas e acreditassem mais em si as respostas deixariam de vir dos céus e viriam de nós mesmos.

Sei que cometo pecados incríveis ao tirar o senhor da vida de muitas pessoas, muitas delas só tem em vós a segurança de seus atos, pode parecer presunção minha acreditar que não preciso do senhor, não é isso! Simplesmente quero confiar a mim e no que disse teu filho Jesus “Vos sois Deuses”. E se realmente existir um inferno e o preço desse ato for ser destinado a ele, irei.
"Creio" que para cada um que colocou na terra, a cada um deles, sujos e mentecaptos, destes uma missão, e sei que se faço isso é por que foi "tua vontade", sigo apenas o que a razão me fez acreditar.

Eu sei que eu tenho uma missão, mas o conhecimento tem seu preço. A razão me tirou o sentimento, o medo do sofrimento me levou o amor, a duvida me levou a fé, e a falta de fé me levou Deus.

Espero que tua misericórdia possa entender meus atos e argumentos, já que sei que neste momento, sentado no meu computador falo comigo mesmo ou com o senhor se assim for melhor, se “vos sois deuses” eu sou um Deus, e me perdôo pelos meus atos.

Sou o que sou, este ser, teu filho ingrato e descrente. Mas sei que não serei o mesmo eternamente. Até o juízo final.

Gabriel Pontes

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Reflexão em Poesia

A morte não é nada para nós, pois, quando existimos, não existe a morte, e quando existe a morte, não existimos mais.
.
.
A vida é algo estranho
Que o próprio consciente não ousa descrever
Mas nos choca quando ainda novo
Um coração para de bater

Num minuto de conversa
De bebida e curtição
Como num momento de despedida em festa
Para ser celebrado o cumprimento de sua missão(?)

A morte é algo tão estranho
Que o próprio consciente não ousa descrever
Quando vem de forma inesperada
Nos força a refletir e tentar entender

Quem sabe alguém lá de cima
Me deu um 'choque de realidade'
Ou só estou fazendo o que os outros mais
Neste súbito momento de fragilidade?

Valerá mesmo apena dez anos de uma vida intensa e louca
Do que 70 na frente de uma TV?
Surpreendo-me como minha vida se tornou tão pouco
Diante da minha consciência de ser

Algo precisa se adaptado
A realidade como a gravidade nos puxa quando voamos demais
Pois a vida não é um conto de fadas lindo
Onde ha gênios que nos conceda a possibilidade de voltar atrás

Por que só nós somos responsáveis pelos nossos atos, para os outros deixamos as conseqüências deles.

Gabriel Pontes

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Filhos da Puta



Sem moral e sem sentido
Tudo erro de conduta
Políticos mal intencionados
São todos filhos da puta!

Sem vergonha e dignidade
Mídia fajuta
Jornalistas corruptos e cúmplices do governo
São todos filhos da puta!

Religiões exploradoras
Lavando a mente de gente matuta
Autarquias do comércio de almas
São todos filhos da puta!

Complacentes com o erro
Que não sai nas ruas a luta
Pseudo revolucionários com Marx estampado no peito
São todos filhos da puta!

Doutores e mestres
Arrogantes por dominar a forma culta
Não tem se quer uma vida sexual saudável
São todos filhos da puta!

Músicos, se é assim que podemos chamá-los
Não sabem nem o que é uma nota diminuta
Criam melodias pobres e letras fulas
São todos filhos da puta!


Gabriel Pontes

domingo, 24 de maio de 2009

Mar dos Sentimentos


E nas águas do turbulento mar dos sentimentos me lancei
Sem nenhuma segurança, mesmo sem saber nadar
Fui confiando somente no medo de te perder
Nem que para isso corra o risco de me afogar

Às vezes me sinto sufocado pelas ondas
E perdido no seu imenso tamanho
E eu lá sozinho boiando nessa nova experiência
"Pois uma mente que se abre a uma nova idéia nunca volta a ter o mesmo tamanho!"

Vejo de longe um barco se aproximar
Com um ser encapuzado que me oferece a mão
E eu no desconhecido mar dos sentimentos o nego
Pois no casco do barco havia escrito Solidão

E vejo então o barco se afastando lentamente
E não guardo esperanças de nunca mais ela voltar
Pois daqui a pouco tempo, mesmo contra a minha vontade
Ela ira vir me buscar

Continuo boiando no mar dos sentimentos
Agora já estou bem longe do Porto Razão
Bate dentro de mim um arrependimento que serve de âncora
Que me faz afundar na escuridão

Debato-me e volto à superfície
Consigo acalmar esse sentimento
O arrependimento dá lugar a outro bem mais leve
Conhecido como Lamento

Meu corpo está frio e a umidade me dá agonia
Vejo pulsar mais lentamente meu coração
Vejo ao longe aproximar-se mais um barco
Dessa vez era grande e sólido e no seu casco havia escrito Razão

Minha consciência me viu pular do Porto Razão
E quis me resgatar do sentimento
Mas assim como a Solidão deixei-o passar
Deixo ir embora para meu tormento

Não tenho medo dos perigos
Só medo da desilusão
Que torna-me cauteloso
Transborda-me os olhos de emoção

Eu só quero acreditar de novo
Quero dizer Eu te amo com clareza
Mas de longe vejo um barco a se aproximar
Dessa vez é a minha amiga tristeza

-Vem! Não seja idiota!
-Gritou ao passar por mim
-Não quero ir, vá embora agora!
-Sinto a tristeza triste por mim.

Eu só quero agora
Desfrutar desse mar imenso e duvidoso
Relaxante e profundo
Extremamente perigoso

Amor
Felicidade e emoção
Tudo sonhos imaginados
Por um corpo abandonado sem coração

Mas hoje nada faz sentido
Tanto faz iludir-me ou não
Sou um prematuro desistente do tempo
Vivendo nessa maldição


Gabriel Pontes

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Só Lamento.


A alguns dias numa conversa que tive com uma amiga ela me disse que se pudesse voltar no passado ela não faria algumas coisas que lhe trouxeram experiência, mas a deixava muito constrangida. Eu parei para pensar e respondi: se eu pudesse voltar no passado, faria sim tudo de novo, não podemos nos arrepender do que fizemos, entretanto isso não quer dizer que não podemos lamentar. -Ela sorriu.

Meu passado é algo complicado por que eu o fiz assim admito, como sempre falei aqui quando você lê "dois" livrinhos capengas e descobre que só isso basta para superar a mentalidade de muitas pessoas na massa isso te torna altamente egocêntrico e no meu caso, altamente narcísico e elitista. Eu fui só mais uma vítima do pseudo conhecimento e ao achar que estava me tornando um sábio não percebi que cavava uma cova funda, solitária e vazia. Achando que o mundo não é justo para aqueles que sabem menosprezei pessoas, decepcionei pessoas, briguei com pessoas. Se pudesse voltar atrás no tempo eu faria tudo de novo, mas hoje lembrando só lamento.

Lembro dos cantos que deixei de ir por que o papo não me agradava, lembro que deixei muitos dos meus amigos de infância por que eles preferiam falar sobre Futebol e eu queria discutir Marxismo, Filosofia, política. Lembro que eles até brincavam: O Gabriel ta doido!
Com o tempo eu me tornei um chato, só queria falar coisas produtivas, até mesmo no meio de pessoas completamente alienadas ao invés de me sentar e discutir futebol como alguém humilde e comum. Se pudesse voltar no tempo faria tudo de novo, mas hoje lembrando só lamento.

E assim fui perdendo pessoas, alguns fazem falta, outros nem lembro que existe. E quando você tem poucos amigos o mundo se torna maior do que já é. Comecei o blogue La Solitudine para que fosse uma forma de escape de mundo real, onde aqui eu iria postar somente coisas boas. Grandes jornalistas amigos do meu pai adoravam meus textos críticos e inovadores, era uma fase de inovação. Falhei. Tornei o blogue um poço de lamentações e murmúrios que até pouco tempo era lido somente por mim. Se pudesse voltar atrás faria tudo de novo, mas hoje lembrando só lamento.

E todas as meninas lindas e gentis que eu encontrei no caminho, poderia ter aproveitado mais os momentos a dois, poderia ter me preocupado menos com o supérfluo, poderia ter sido mais compreensível. Se pudesse voltar atrás faria tudo de novo, mas hoje lembrando só lamento.

E todas as noites de sono perdidas devorando livros, alguns eu sequer entendia e lia, relia, relia até a cabeça doer e os olhos não pararem de lacrimejar de tanto forçar a vista. Dos dias de sol perdidos em uma biblioteca lendo mais livros. Se pudesse volta atrás... (Por que somente para isso em mim permanece a dúvida, essa experiência foi a que definiu o que sou.)

Gabriel Pontes

terça-feira, 5 de maio de 2009


Olá leitores, eu não gosto de vocês.

Mas a educação que mamãe me deu não pode faltar nesse momento que me sinto muito satisfeito em ver que hoje o meu blogue é reconhecido, não só como histórias deprimentes de um símio desprovido de rabo, alcoolizado e infeliz. Mas sim como palavras sentidas (sem sentido?!) e vividas por alguém que diz não acreditar nos sentimentos, mas que os vive com tanta veracidade que os faz chorar, sentir pena e refletir.

Não posso deixar de dizer obrigado (O que? Gabriel agradecendo? oO') a todos aqueles que lêem meu blogue, sei que você leitor pode não concordar com meu ponto de vista, pode me achar um playboyzinho que tem tudo que quer e procura motivo para aparecer. Isso não faz diferença, você também esconde um lado hipócrita, só tem medo de mostrar, eu publico minhas hipocrisias em forma de textos e poesias e você prefere se esconder preso nas raízes do ego e com medo do que os outros vão dizer.

Deixando de lado esse papo emocore vou escrever uma poesia diferente. Dá para se perceber que minha vida amorosa é muito atribulada; Envolvo-me e Decepciono-me varias vezes, mas esse é o combustível que move meu blog. E atualmente, não poderia me sentir diferente, nada melhor do que estar com alguém. Mas não se preocupem leitores, daqui a alguns dias eu voltarei revoltado e mal amado escrevendo poesias de como a vida é ruim para mim por não deixar que eu seja feliz (se isso é possível). Aguardem meus lamentos.

Me perco na escuridão do ego
Não sei onde vivo ou onde vivia
Perdido nas mazelas amaldiçoadas
Preso nos galhos da misantropia

Mas de repente chega uma moça
Bonita e com um leve sorrisinho
Para me mostrar que nesta vida
Não se pode viver sozinho

É estranho ela entrar na escuridão
Sem medo de se tornar mais uma escrava
Levada aos pensamentos obscuros
No pântano que certa a arvore que me aprisionava

E resgatou-me dos galhos amaldiçoados
Tirando-me da escuridão
E com um beijo tudo tornou-se claro para mim
Volta a bater meu coração

Volta a vida pulsar nas veias
Na pele morena que me contagia
Nos beijos calientes de doces
Solto sorrisos de alegria

E meu coração tenta
Aproveitar ao máximo tudo isso
Pois logo eu mesmo
Posso fazer disso um desperdício

E jogar fora mais uma oportunidade
Que a vida me dá
Ou então a vida irá me iludir
E quando estiver envolvido essa garota ela irá levar.

Gabriel Pontes


sexta-feira, 24 de abril de 2009

Olá.

Olá meus leitores, eu não gosto de vocês; Mas gosto de escrever para vocês lerem. Ultimamente estou sem criatividade para escrever, por isso relatarei através de poesia um acidente que vi. A furiosa maquina humana de 300 cavalos contra um felino irracional.




E na rua de pedras batidas
Havia um carro a se aproximar
E como se sentissem em um ato de despedida
Estavam dois gatinhos a brincar.

Um deles brincava alegremente
Aproveitando sua existência e a vida
Sem saber quanto sangue iria derramar seu irmãozinho
Naquela rua de pedra batida.

Enquanto o carro se aproximava
A uns 40km/hora
O gatinho viu então
Chegar a sua hora

Assustado com o barulho do carro que vinha
Para o outro lado da rua correram assustados
E ali estava a fatalidade
Deu para ouvir os estalidos e os estralados.

Eles correm uma trás do outro
Mas o ultimo gatinho foi forçado a parar
Quando viu a primeira roda do carro
Por cima do seu irmãozinho passar

E como se não bastasse presenciar isso
O gatinho pulou assustado para trás
Vendo a roda de trás do carro
Esmagar seu irmãozinho ainda mais

Mas se não bastasse para Deus
O sofrimento que o gatinho sentia
De ter seus ossos quebrados
Ele entrou em espasmos e convulsões por agonia

Espasmos tão fortes
Que seu corpo começava a quicar
Enquanto agonizando o gatinho lutava
Para sua vida salvar

E nas contorções violentas
Jorrava sangue pela boca quebrada e torta
Quando a mais dura imagem percebeu
Notou que seu olho estava fora da orbita

E nos últimos momentos ele viu
Um jovem ao seu lado presenciar sua agonia
Parado ali olhando
O gato que se contorcia

Depois de uns 15 segundos ou mais
O gato parou de agonizar
Olhando para o garoto estranho
Que então se virou e começou a se afastar

Diante das dores
O gato então desistiu
E naquela rua de pedras batidas
Da vida ele se despediu.

Foi quando seu dono chegou, era uma criança
Que mesmo com o gato amassado, morto na carne crua
Com as próprias mãos ele tristonho
Tirou o gatinho do meio da rua

Colocando-o no canto
Para quando o lixeiro passar
Vendo que a vida era tão frágil
Que para morrer era só vivo estar

E o estranho garoto?
Era um poeta sem sentimentos
Que viu na agonia e morte do gato
A verdade sem lamentos

A verdade
Que ele apenas queria para os amigos mostrar
Que muitas vezes a gente ri
Para com pena não chorar.


Gabriel Pontes.



O outro ponto de vista da História:
Uma amiga presenciou a minha pessoa vendo o gato sendo atropelado e me deixou isso no orkut, fazendo um paralelo por eu nunca responder seus screps e muitas vezes apagá-los sem responder.*

Olá, eu gosto de você. :D eu gosto de te mandar recadinhos. Mesmo sabendo que você vai apagá-los... que você vai passar por cima deles como aquela mulher passou por cima do gato.. que você vai esmagar minhas palavras como ela esmagou o estômago daquele felino... essas tão lindas frases que teimo em colocar pra fora que nem ficou o olho daquele gato.... mas mesmo assim eu gosto de você como aquele menino gostava de seu gato... a prova é tanta que eu pegaria em você como ele pegou o gatinho dele, se você estivesse morto e com o olho esbugalhado... e ainda ficaria admirando seu sorriso satisfeito por ter visto o exato momento do atropelamento.... por ter visto o pobre morrer sem ter culpa, por ter sentido o sangue correr nas veias, ao estar tão próximo daquele ser quase sem vida e ter vontade de... ajudar? socorrer? gritar? pegá-lo no colo e fazer com que os últimos segundos dele sejam felizes?





que nada, FALA sérioooo, ele queria mesmo era rir....

Larissa (Lala ploc)

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Por ti

Numa tarde nublada e fria
Um namoro a acabar
As bocas pediam para ir embora
Mas os olhos imploravam para ficar

Metade de mim queria ir
Metade de mim queria ficar
Metade de mim foi com ela
E metade dela em mim irá ficar

Agora me sinto angustiado
Por isso venho a escrever
Talvez eu tenha jogado a oportunidade de ser feliz
Por um sem sentido medo de sofrer

Isso nunca aconteceu comigo nessa intensidade
Mas sabíamos no que iria dar
Metade de nós queria ir embora
Com a condição de nunca mais voltar

A decisão mais difícil que tomei
Tomei, só isso que fiz
E na sua voz de menina ela sussurrou
-Gabriel, você tem medo de ser feliz.

O meu medo da mudança
Era a barreira que nos impedia
Mas eu não queria privá-la de sua vida
Privá-la de sua alegria

Ela é tão bonita e tão simpática
Tão agradável, tão feliz
E eu tão seco, tão frio
Não sei como ela me quis

-Eu fico pensando às vezes..
Ela iniciou olhando a chuva cair em volta
E baixando a cabeça afirmou:
- Ou tu és muito triste ou é um completo idiota.

E neste momento sinto um vazio
Por que essas coisas tendem a acontecer?
Com as pessoas que são opostas
E que tendem a se envolver?

Eu passo as horas pensando
O que ela está a fazer
Se ela quer me ver agora
Ou se esta melhor sem me ver

E durante minutos ficamos parados
Um olhando para outro tristonho
Nenhum dos dois queria que acabasse
Aquele tão louco e real sonho

Eu vivo nessa prepotência estúpida
Achando ser superior por "não sentir"
E me vejo deprimido
Por que nunca mais terei a ti

Me desculpa!
Foi o que escapuliu de mim sem querer
Por que ali está mais um coração partido
Pelo Jeito Gabriel Pontes de Ser!

Sou um destruidor de corações
Não bastou destruir só o meu
E involuntariamente eu me afastei
Do meu pequeno amor, do pequeno amor meu

E agora os dias mais vazios
Tendem mais vazios ficar
Por que te perdi
Por que eu queria ficar

Por que joguei fora
Por que tive medo
Por que fui fraco
Por que fui simplesmente eu

Maldito seja

Gabriel Pontes

sábado, 4 de abril de 2009

Jesus e Eu.




Ao longe bem lá na frente
Havia um homem a me esperar
Com uma paz no semblante sorridente
Intrigante a me observar

Fui de lado meio fugindo
Daquela estranha observação
Sobre sua roupa tinha uma faixa
Com um nome dourado bordado a mão

E quando fui me aproximando
A sorrir me esperava
Com um livro aberto na mão
Com a aparência que eu me familiarizava

Como se já o tivesse visto antes
Cabelo grande, barba e uma compaixão no olhar
E quando percebi nesse instante
Eu não pude acreditar

Aquele homem barbado
Tinha duas chagas na mão
E na faixa havia escrito
"Aqui é Jesus Cristo sua salvação"

E assim me emocionei
Ele então me deu a mão
Mas no mesmo instante eu a larguei
Por que para os descrentes não existe salvação.

Gabriel Pontes





domingo, 29 de março de 2009

A Revolta da Ignorancia que é o Saber.

Nostradamus


"Uns choram por que apanham, outros com vontade de apanhar!" Disse o pai ao filho.

Quando estudamos filosofia um novo mundo se abre a nossa frente, a filosofia como é definida no livro 'A História da Filosofia', é a ciência pelas causas primeiras, para resolver o problema da vida. Resolver, pois o primeiro passo é entender "acabe com causa que o efeito cessa", seguindo esse raciocínio de entendimento começamos a ver verdades que às vezes ficariam melhores se nós a mantivéssemos na ignorância.

O filósofo, o poeta, o cientista ou simplesmente aquele que estuda vê coisas deprimentes e na maioria das vezes revoltantes de forma nua e crua, chegando ao ponto de ser descrente a tudo e a todos. Isso segundo os ditos Confúcio é cair em sua própria astúcia. A vida torna-se uma grande ilusão. Ainda há aqueles que conseguem administrar esse bombardeio de conhecimento e através dele se torna mais evoluído socialmente, vendo a vida de uma forma positiva e alegre, que apesar de tudo, a verdade dolorosa e melancólica, acredita que tudo a qualquer momento pode melhorar.

Entretanto a aqueles que por algum motivo não sabe lhe dar com esse pouquíssimo conhecimento que lhes foi apresentado e com as "verdades" adquiridas com o estudo da filosofia (não só ela, mas principalmente.) definha ou a aqueles que tentam manter-se instável, para não cair em sua astúcia. Essa descrença na vida cria um vazio dentro do ser, um sentimento forte de impotência, de tristeza, de injustiça e NADA MATERIAL PODE PREENCHER ESSE VAZIO. Na maioria das vezes esse vazio é confundido como ingratidão, eles alegam que com tanta fome, doença, guerra no mundo uma pessoa que tem a saúde, comida, mimos e paz não deveria ser 'revoltado' (pois é assim que na ignorância eles me vêem). Isso uma tremenda imbecilidade. É como dizer que um rico, ou alguém que vive bem jamais deveria ter de se revoltar com o mundo. Como se o conhecimento e a filosofia fosse para os pobres que realmente tem motivos para se angustiar, para chorar, para não acreditar. Tudo isso é um grande preconceito idiota, pela filosofia e o conhecimento eu largaria tudo!

Mas como sempre os moralistas e 'ressentidos' de plantão dirão que falo isso, que largaria tudo, por que 90% do que hoje tenho não fui eu quem comprou porque não saiu do meu bolso e que eu sou só mais um boyzinho revoltado que presenteia a classe média e cospe no que os pais o dão. Mais um absurdo, mais uma idiotice. Gautama Buda nasceu em uma família rica e a largou para ir à procura da verdade e sentado em baixo de uma árvore a "verdade" descobriu (o que não pode ser afirmado como verdade absoluta, pois conhecimento sempre abre portas ao desconhecido, a uma tese, a uma antítese para ser formado uma síntese.) Primeira verdade: A Vida é o sofrimento. Segunda verdade: A causa do sofrimento é o desejo. Terceira verdade: É mister suprimir o desejo para suprimir o sofrimento. Quarta verdade: Para suprimir o desejo é preciso praticar oito mandamentos éticos. (Que constituem na salvação e levam o individuo ao nirvana). E dessa forma se deu inicio ao budismo.

Buda tinha sua missão, e sua família não foi capaz de entender, levando-o ao extremo de abandoná-los para assim se libertar.

A vida é ilusória, e todos temos esse vazio (inconscientemente) a diferença é que para uma pessoa que se abre ao conhecimento ele se torna consciente e nós não procuramos desculpas para preenchê-lo como deuses que cuidam de nós e que se preocupam com nossos atos, religião, mulheres, homens, sexo, drogas, vida de pura curtição ou a morte. A certeza de que tudo isso terá um fim. Para muitos todos os dias é hora de viver, a cada hora que passa para nós morremos e renascemos numa eterna angustia. Ao preço da ignorância ao preço do elogio da loucura.




Nitz


Gabriel Pontes.

sexta-feira, 27 de março de 2009

O Erro sou eu.


Eu tive a esperança nas mãos
E ela escapou por um triz
Por meu medo de amar
Por meu medo de ser feliz

Por medo de amar não amei
Por medo de mudar te perdi
Por medo de se feliz eu te larguei
E ter te largado, hoje, é o que me faz infeliz

Em minha mão ela estava
E mesmo assim assoprei
Assoprei por que sou um covarde infeliz
Assoprei por que tanto te amei

E nas voltas do mundo me encontro infeliz
E no coração fica uma eterna cicatriz
De encontrar alguém que me entendia
E assim a deixei escapar por pura covardia

Sou um covarde escondido atrás de um grosso
Arrogante, prepotente, orgulhoso
Sou uma grande aberração, horroroso
Sou simplesmente um maldito ser teimoso


Que prefere se esconder a dizer que precisa de alguém
Que prefere sofrer a admitir que quer alguém
Que prefere negar por pura teimosia
Que prefere sempre dar as costas a alegria

Sou apenas um grande imbecil
A mais pura loucura
Sou tudo aquilo que um dia temi
Sou infeliz, sou triste, sozinho e só tenho a amargura

Sou um ser de pura descrença
Deus, amor, felicidade
Sou na sanidade a própria doença
Sou no ser o auge da mais pura insanidade

Escondo atrás do sorriso
A lágrima que brota do coração
E atrás do tão imbatível Gabriel
Escondo um ser de pura emoção

Que se importa
Que chora
Que ama
Que implora

Sou um ser que desaba e chora
Sou um ser que queria estar com você agora
Que queria estar a te beijar nessa hora
Mas por esse jeito de ser te vejo ir embora

Afasta-te de mim
É o melhor que tu faz
Pois é melhor sofrer agora
Que sofrer gostando de mim mais e mais

Só espero um dia não mais te lembrar de ti
E poder te olhar, te cumprimentar sem mentir
Sem esconder a tristeza para jamais aparentar fraco
Sem mostrar este sorriso para aparentar ser feliz

Espero que tu saia da minha mente
Assim como gosto posso te esquecer
Mas jamais esquecerei o verdadeiro motivo
Que te fez por mim sofrer

Que te fez afastar
Que me fez te perder
Que me fez descobrir
Que o erro sou eu e não você.


Gabriel Pontes.




segunda-feira, 16 de março de 2009

Eu Ateu?

Ultimamente venho me questionado muito sobre a questão do ateísmo e até mesmo defendo idéias ateístas já faz um tempo, isso me deixou a duvida: Seria eu Ateu?

Somente a possibilidade já me fez discutir com amigos, decepcionar bastante gente, mas não posso deixar que o "apego" que tenho as pessoas influencie na minha forma de pensar, até mesmo por que não quero ir pela cabeça de ninguém. Por que sei que ninguém vive para sempre em sua vida, o tempo se encarregará de deixá-las apenas em lembranças.

Decepcionei pessoas que muito me ajudaram, a preço de que? Seria defender e movimento tão importante assim. Seria um castigo de Deus?

Sempre houve uma sobrecarga muito grande sobre mim, por meus pais serem Umbandistas, parece que isso levou aos meus conhecidos que se intitulam "missionários do senhor" a quererem salvar a minha alma. Toneladas de pessoas querem me converter ou me levar para 'a casa do senhor', outros tentam me mostrar que Deus não existe e outros simplesmente me ignoram por preconceito.

Poucos tem a sorte de nascer numa família que aceita seu ponto de vista religioso ( será que aceitam?) apesar de nunca ter conversado com eles sobre isso. O que importe é que nunca fui obrigado a seguir religião nenhuma, apenas fazer o que é de direito, o bem sem olhar a quem, esses são ensinamentos que levarei por toda a minha vida.

Nunca gostei de discutir religião com alguem que não estivesse disposto a ouvir o que tinha para falar sem tentar me provar do contrário. Por isso na tentativa de fugir desses 'missionários' alegava ser ateu, e isso causava um impacto grande nas pessoas. O que o ateu tem de tão ruim? É uma pessoa como todas as outras a única questão em jogo é que ele não precisa de um Deus para se desculpar por ser Humano.

É difícil escrever sabendo que muitas pessoas vão ler isso, algumas me elogiarão pela sinceridade, outras irão trocar de caminho ao me ver na rua e outra tonelada dizendo que preciso encontrar Deus.

A questão é: O que é Deus?

Ninguém pode afirmar a existência de Deus, nem mesmo nega-la (Sim, eu sei que está na Bíblia, mas duvido de sua veracidade com o decorrer do tempo). Isso é o que causa o grande vazio dentro de mim de forma que não consigo entender. É tanta coisa em jogo como amizades, família e todo um conceito que lhe é ensinado dês de que você nasce.

E nas Igrejas? Seria mesmo a melhor forma de encontrar Deus?
Aqui um grande amigo chamado Kip Petter diz sua opinião:

HOJE AS IGREJAS ESTÃO BEM DIFERENTES, CADA UM VENDE SEU DEUS COMO PODE, EXISTEM IGREJAS ONDE USAR TATUAGEM PIERCING E BRINCO É TOTALMENTE ERRADO, EXISTEM OUTRAS QUE JÁ PERMITEM, OUTRAS DIZEM QUE É USAR BERMUDA NÃO É DE DEUS, SÓ SE PODE USAR CALÇA, NESSA MULHER SÓ USA SAIA OU VESTIDO, NESSA MULHER SÓ ENTRA COM O VÉU, NESSA HOMEM NÃO PODE TER CABELO GRANDE, NESSA OUTRA SEM NENHUM PROBLEMA PODE SIM TER CABELOS CRESCIDOS, ESSA FALA EM LÍNGUAS ESTRANHAS, NÃO, AQUI LÍNGUAS ESTRANHAS É ERRADO, AQUI MULHER NÃO PODE PREGAR, QUE É ISSO AQUI PODE TEMOS ATÉ PASTORAS.

TERMINANDO, CADA IGREJA VENDE SEU DEUS, PARECEM COMÉRCIOS ONDE CADA UM OFERECE UM PRODUTO QUE SE ASSEMELHA MAIS A VOCÊ, NO QUE AS IGREJAS SE TRANSFORMARAM?
VERDADEIROS COMÉRCIOS E PEQUENAS EMPRESAS?
O BOM É QUE VOCÊ NÃO POSSUI MAIS DESCULPAS, SEMPRE EXISTIRÁ UMA IGREJA ONDE VOCÊ CAIRÁ BEM CERTO?
ERRADO, SÓ EXISTE UM DEUS, UMA VERDADE, NÃO EXISTEM CERTOS E ERRADOS, SOMENTE UMA É CERTA, DEUS NÃO POSSUI INTEGRIDADE E PERSONALIDADE AMBÍGUA, A PALAVRA DE DEUS É ÚNICA, PAREM DE INVENTAR DOUTRINAS PARA SATISFAZEREM SEUS INTERESSES, DEIXEM DE TRANSFORMAR A VERDADE DE DEUS EM MENTIRA!

KIP PETTER!


Acho que já falei tudo que queria falar, e a ultima coisa que me falta é a resposta, interpretem da forma que quiserem.


Sim eu sou Ateu, Ateu por que quando querem salvar minha alma não consigo concordar com esse Deus do medo que me mandará para o inferno, me culpando pelo dom do raciocínio que 'ele me deu' . Ateu por que não acredito nesse Deus por quem matam milhões. Ateu por que não acredito nesse Deus da igreja que me cobra pra entrar para o céu, que me impede de me vestir, andar como quero e de me divertir. Ateu graças a esse Deus.


Mas assim como disse Kip Petter quando discutíamos sobre esse assunto: 'Todos temos nossas formas de ver Deus, acredite no Deus da lua, do sol, mas acredite em alguma coisa!" Esse acreditar para mim chama-se fé, isso eu não perdi, por que o Deus que vejo está nas simplicidade das coisas e na gradeza do universo. Mas não quero e não vou chamar de Deus, pois como ja disse para esse Deus citado acima eu sou Ateu. Eu o chamo de Eu sou, por que Eu Sou a poderosa chama de deus viva presente em mim e em todas as criaturas do universo.


"Eu sou a luz do mundo, aquele que me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida."


Gabriel Pontes

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Reflexão.

Sei que me aproveito desse momento triste para criar textos, me chamaram de idiota. Usar a própria dor para escrever para estranhos, mastigar todas as angustias, as raivas, a dor para poder dar o que querem ler, como se meu sofrimento fosse o combustível que movesse esse blog. Tudo isso trona-me um insano, este blog um culto a agonia e os leitores pessoas curiosas e patéticas que tentam ver na vida alheia um forma de confortar seus problemas idiossincráticos.

Muitos talvez para manter a popularidade de um blog jamais ousaria dizer essas coisas. Eu não me importo. E se sofro regurgitando raivas, rancores, tristeza ou qualquer baboseira sentimentalista para poder escrever nove ou dez estrofes de uma poesia agorenta, alegre, estúpida, pornográfica ou pessoal também não faz nenhuma diferença, aliás o poeta é um fingidor. E que idiota não tiraria proveito disso?

Sinto-me estranho diante da mudanças que vem ocorrendo em minha vida uma atrás da outra, tomo consciência de que meu atos e pensamentos estão ficando equivocados, e que em diálogos com mentes perturbadas perco para meu pior inimigo: Eu mesmo. Me contradizendo com com uma criança de cinco anos que diz não ter pego o biscoito e mente até chegar no ponto de não conseguir seguir um tempo lógico entre as suas ações, e no meu caso, entre os meus "sentimentos".

Esses dias monótonos de chuva forte e ventos frios só pioram as coisas, as angustias parecem aflorar, a tristeza e a revolta de perder alguem para o medo usam bóias. O violão não me conforta mais, os livros neste momento me ajudam. Livros mais velhos do que meu espirito, encarnado no corpo deste símio.

A vida é uma grande mentira, a existência e nossa concepção de superioridade é patética e fútil. Somos apenas uma grande experiência, uma piada de mal gosto de Deus.

E revoltante, é deprimente, é caótico.

Pararei por aqui antes que perca meus leitores, mas aquele não não está disposto a ouvir "rosnadas" jamais será alguem de respeito, pois o caminho da vida é cheio de pessoas que acima de tudo não querem te ver feliz. E as vezes, as vezes, elas conseguem.

Gabriel Pontes

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Um amor para recordar.


Não importa o tempo que duram as coisas mas sim a intensidade que elas acontecem. Fui muito feliz, fiz alguem feliz (eu espero), mas tudo isso já estava previsto. Sempre soube que minha caminhada é solitária. Não mentirei, não direi que nada aprendi. Vivi.

Hoje o presente torna-se lembranças que sempre guardarei comigo, ainda olhando o retrato e sabendo que não voltarei a vê-la (quem sabe um dia?) vou tentando aceitar.

Mas a vida e o destino apesar de irônicos comigo me fizeram ver as coisas de uma forma diferente. Considerarei isso uma evolução. Não volto dessa experiência detestando o amor como sempre acontecia, entretanto meus pensamentos não mudaram sobre o assunto. Um dia uma amigo me disse que minhas vans filosofias não eram capazes de entender a simplicidade do amor. Ele tem razão, mas e dai? (rindo)

As vezes penso que é melhor está só. (não me interprete mal)

Vamos, por que todo fim é um começo e todo começo é um fim. (Pessimista?).

Gabriel Pontes.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Boo


Em um mundo não muito distante havia dois amigos. Um tinha as qualidades perfeitas para viver em uma sociedade. O outro, pelo contrário, era anti-social, grosso, irônico, sarcástico, cético. Essa pura arrogância era fruto de um pensamento filosófico movido por Nitz e Schopenhauer. Ele com certeza era diferente de tudo que aqueles que estava ao seu redor já tinham visto. Ele agia diferente, falava diferente ele era assim com os outros, mas com suas palavras e atos magoava até os seus poucos amigos, com palavras rudes, gestos rudes. Apesar de ser sempre presente nos momentos que eles precisavam isso era descompensado por seu humor pessimista.

Um dia esse feriu seu amigo dizendo a ele que o amor não existia e que ele era patético por acreditar nisso (acreditando ele que seu amigo não iria se importar com a rudeza a qual suas palavras transmitiam, achou ele que já estavam acostumado com seu jeito de ser.) Sabendo de seu feito ele não conseguiu pedir desculpas, por que seu ego era mais forte e então a única alternativa foi chamar seu amigo para conversar.

Quando eles se encontraram o ofendido então perguntou ao oligofrênico:

-Por que dissestes aquilo para mim?

-É inevitável brincar com o sentimento, eu não amo, eu não sinto, é interessante ver como as pessoas reagem, mas sei que por isso estamos nessa situação. (Ele Respondeu)

-Não por isso, "um amigo é aquele que sabe tudo sobre você e continua a ser seu amigo". (Perdoando-o com um sorriso no rosto, responde.)

-Mas por que? Por que ser amigo de alguem que é rude, que trata mal, que machuca com sua eloqüência quase convincente, que te ajuda a subir a montanha com uma mão e com a outra ameaça te jogar? Que brinca com seus sentimentos com punhais adocicados, depreciados e envenenados? (-perguntou com os olhos cheios de lágrimas)

E lhe respondeu:

-É por que eu posso ser a única ajuda de um moribundo.


Dedicado a todos os que ainda convivem comigo, o por que eu não sei ( talvez seja a a unica ajuda de um moribundo.), mas acredito que o que 'sentem' por mim seja verdadeiro a ponto de ignorarem a 'forma de ser deste desequilibrado': Caio Lemos, Lorran Mourão, Keila, Bruna Lima, Victor Girão, Jéssica, Marina, Franciele, Laydson, Bruno (bad), Larissa (Lala ploc), Larissa Paz, Henrique, e outros não citados.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Gabriel Pontes. O fim da incredibilidade no amor?


Meu coração volta a pulsar como antes
Estranha sensação, é como voltar a viver
Ele pulsa baixinho por instantes
Confortavelmente amenizando o meu sofrer

E mais uma vez tudo entra em contradição
O coração pulsando cada vez mais forte em mim
O que para meus princípios não passam de traição
Minha descrença no amor talvez tenha se deparado com o fim

O que é o inferno? Perguntei a Deus
Ele não quis me explicar
Disse-me: esses mistérios são meus
"O inferno é perder a capacidade de amar"

É incrível como uma menina muda tudo ao avesso
Já escrevi sobre outros "amores" em mim
Mas o medo maior é o medo do tropeço
Lembrando dos textos apaixonado e do seu amargo fim.

Seria essa mais uma ilusão
Que torna meu coração mais mole e maleável
Numa tentativa desesperada do destino e do coração
De me tornar um ser amável?

Medo...

Arriscarei novamente
A aventurar-me em uma paixão?
Para ver se descubro o amor ausente
no meu céptico coração?

Eis as minhas indagações
Por isso venho a escrever
Uma história real em emoções
Palavras protagonistas do meu viver...

Gabriel Pontes

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Cachorro de Rua


Queria ver novamente no rosto de alguém
A alegria em me ver brincar no jardim
Mas hoje em verdade no caminho não tem
Quem me olhe com alegria e passe a mão em mim

Queria ouvir novamente da boca da criança
As palavras: "Ele é meu melhor amigo"
Mas hoje tudo passa de lembranças
De um tempo hoje não mais vivido

As lembranças mexem comigo
Só eu sei como os oceanos e os mares
Só eu sou meu melhor amigo
Perdido na rua Washington Soares...

Gabriel Pontes

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Não leiam...


Parte de mim um sentimento
Que se mostra através de palavras
Parte de mim um só lamento
Por não saírem em métricas exatas

Monóstico
Dístico

Terceto

Quarteto

Quinquilha

Ou sextilha


Apenas uma monte de sentimentos empilhados
Sonhos jogados ao vento
Sonhos por eles marcados
Palavras sem métrica, mas com sentimento
Monossílabos
Dissílabos
Trissílabos
Tetrassílabos
Pentassílabos
Hexassílabos
Heptassílabos
Octossílabos
Eneassílabos
Decassílabos
Hendecassílabos
Dodecassílabos

De que adianta se não vem de dentro?
Trazendo a poesia perfeita na métrica
Mas no conteúdo sem nada de sentimento?

Emparelhada
Cruzada
Abraçada
Interpolada
Seguida

Rima pobre...

Não, não quero mais
"A poesia é a música da alma, e, sobretudo, de almas grandes e sentimentais."
(voltarie)

Rimas sem métrica e perfeição
"A poesia é o sentimento que sobra ao coração e sai pela mão."
(Carmen Conde)


Palavras ao vento, palavras apenas rimadas...
"A poesia é a arte de materializar sombras e de dar existência ao nada."
(Edmund Burke)


Gabriel Pontes

O Mendigo


O meu teto é o céu estrelado
Minha casa não tem lugar fixo
Sou o homem de cabelo sujo embaraçado
Um andarilho de fé que não largua o crucifixo

Minha fé o que me mantem vivo
Minha fraqueza e fortaleza
Deus talvez não me queira vivo
Mas em troca me deu a esperteza

As crianças me olham com compaixão
"Ele é um farsante!" E o que os adultos dizem ao menino
Tiram da inocência daquele pequeno coração
Como assim um dia foi tirado do coração do adulto malino.

Despertar pena e avareza
Repudio e indignação
Por aqueles que não compreendem a beleza
E a humildade que trago em meu coração

As ruas me esperam agora
Tenho que ir e não mais lamentar
A velha noite que me pede agora
Somente o sono numa noite a ninar

E mesmo que desprezível seja minha aparência
Jamais a levarei para o coração
Pois por ai perambulam em sua existência
Bonitos de rosto e mediócres de coração!

Gabriel Pontes

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

A Felicidade, O amor, A morte e Eu.


A felicidade bate em minha porta
Olhando pelo olho mágico a vejo com clareza
Mas ao abrir a porta ela não suporta
Ao ver minha cara de agonia e de tristeza

Foge de mim correndo
E eu sofrendo ponho-me a chorar
Minha alma por dentro morrendo
E meu coração por dentro a se matar.

O amor bate a minha porta
Então eu abro com meu ombro esquerdo baixo, torto
Mas o amor ao ver não suporta
No meu peito meu coração estava morto

Foge de mim correndo
E novamente ponho-me a chorar
E as lágrimas no rosto contendo
O que não dá mais para segurar.

A morte bate em minha porta
E em esperança entrego-me sem questionar
Mas a morte ao ver não suporta
O desejo da morte em meu olhar

Foge de mim correndo
E novamente ponho-me a chorar
Pois sei que nem mesmo morrendo
Minha dor não irá acabar.

Gabriel Pontes