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Aqui foi o começo de tudo, mas como todo filho um dia tem que ir embora decidi ir atrás de novas experiências literárias no Blog Meia Garrafa e Uma Dúzia de Histórias (www.gabrielpontes.com)
Algumas poesias selecionadas foram migradas para o novo blog.

Aqui jaz um menino cheio de sonhos que não repousam junto com ele.



Gabriel Pontes
g.ponteslima@gmail.com
Escritor

sexta-feira, 28 de março de 2008

O amor;


O amor é uma flecha
Que atravessa o coração
O amor é uma lança
Envenenada de pura ilusão

Os amores são fadas aladas
Que faz encanto ao ver
O amor é um livro aberto
Com páginas coladas

O amor é sonho
Que acordado nos leva a razão
O amor é companhia
que te leva a solidão

O amor é flores
que com seu espinhos tem de picar
O amor é tudo
Aquilo que tem de sonhar

O amor e inferno
O amor é purgatório
O amor é paraíso
Impreciso
Duro
E perturbador
Mas me diga com sinceridade

Quem vive sem o amor?

Gabriel Pontes

quinta-feira, 27 de março de 2008

O Cavalheiro



Pus em prova minha valentia
Com minha espada e minha honra no peito
No escudo o brasão sorria
Com o inevitável medo que havia em meu peito

No caminho escuro
Minha alma tinha que ser forte
Caminhando em pontes de grandes precipícios
Talvez caminhando para minha morte

A ouvia tocar em sua flauta
A marcha fúnebre que ali seguia
Na precisão das notas
Cujo só um tom seguia

No hipnotismo constante
As pétalas ardem no bafo do dragão
Mais de 12 metros de altura
Da cabeça a ponta do rabo no chão

Um rugido; o grito de minha amada
Um só golpe e a cabeça foi lançada
O corpo caido torcia
Pobre dragão que ali dormia eternamente;

E assim o som da flauta se afastara
Quase não pude evitar
A alegria em meu corpo
Em ver o rosto dela se afastar

Puxando uma corrente
Amarrada na alma do dragão
E se despedindo com respeito
O cavalheiro lhe deu a mão
(Na certeza de que um dia irão se encontrar)



Gabriel Pontes

domingo, 23 de março de 2008

Quando não mais;

Quando não mais poder falar a verdade
Quando não mais poder ser justo
Quando não mais houver honra
Eu não me considerarei vivo!

Quando minhas palavras não ajudarem ninguem
Quando minha música não tiver sentimento
Quando os meus textos não falar de amor
Eu não me considerarei são!

Quando mudar o meu jeito de ser
Quando omitir a verdade
Quando aceitar o injusto
Eu não mais me considerarei louco!

Quando não houver mais arvores
Quando não houver mais rios
Quando não houver mais vida
Então fracassarei!

Quando o ultimo suspiro deixar-me
Quando ver que minha missão foi cumprida
Quando o ultimo beijo levar-me
Ai eu serei eterno e imortal!

Gabriel Pontes

Gabriel Pontes

quinta-feira, 20 de março de 2008

A Dança.


A dança de nossos corpos
Quentes ao se tocar
O suor do exercício
Puro e sujo ao meu olhar

La fora a lua assusta
Com sua forma de brilhar
La dentro o amor se faz
Sem culpa de pecar

O amor, eis o amor
que une dois corpos em um
Em uma noite caliente
Quase sem medo algum

Da pura menina que um dia foi
Do puro homem que nunca foi
Dos beijos mordidos que nunca se ousou dar
Das carícias de amor que só o amor nos faz dar.


Gabriel Pontes

quarta-feira, 19 de março de 2008

Deboche e Ironia;


Acordei cedo, mas já era tarde
Ao ver a bela manha, com as estrelas e a lua no céu
Era sete da manha quando acordei 10 horas
Pude então perceber, e vi que não tinha percebido
E por fim lembrei que tinha esquecido

O ódio que sinto pelo meu amigo
O amor que sinto pelo meu inimigo
O esdrúxulo sentimento da verdade
E o doce gosto da mentira

Por favor deixe-me cogitar
O pobre hipótese
O pobre mente
O pobre coração

A melhor vitória é a de uma batalha sangrenta
Dói mas a gente acostuma quando passa a felicidade
Vamos pregar a paz e morrer pela espada
Vamos nos Anarquizar

Viva o Capitalismo selvagem
O responsável pelas mortes
Aliás que se preocupa com isso?
Vamos apenas consumir enriquece-los

É como os ratinhos de laboratório
Qual rato sentiria dor ao ser aberto vivo?
Acho que nenhum né?

Vamos dar ibope ao canal policial
Vamos roubar, saquear
E no final quando nosso pais estiver em ruínas
Vamos apenas dizer:

"O Brasil não vai pra frente mesmo!"

Gabriel Pontes - Deboche e Ironia