E na rua de pedras batidas
Havia um carro a se aproximar
E como se sentissem em um ato de despedida
Estavam dois gatinhos a brincar.
Um deles brincava alegremente
Aproveitando sua existência e a vida
Sem saber quanto sangue iria derramar seu irmãozinho
Naquela rua de pedra batida.
Enquanto o carro se aproximava
A uns 40km/hora
O gatinho viu então
Chegar a sua hora
Assustado com o barulho do carro que vinha
Para o outro lado da rua correram assustados
E ali estava a fatalidade
Deu para ouvir os estalidos e os estralados.
Eles correm uma trás do outro
Mas o ultimo gatinho foi forçado a parar
Quando viu a primeira roda do carro
Por cima do seu irmãozinho passar
E como se não bastasse presenciar isso
O gatinho pulou assustado para trás
Vendo a roda de trás do carro
Esmagar seu irmãozinho ainda mais
Mas se não bastasse para Deus
O sofrimento que o gatinho sentia
De ter seus ossos quebrados
Ele entrou em espasmos e convulsões por agonia
Espasmos tão fortes
Que seu corpo começava a quicar
Enquanto agonizando o gatinho lutava
Para sua vida salvar
E nas contorções violentas
Jorrava sangue pela boca quebrada e torta
Quando a mais dura imagem percebeu
Notou que seu olho estava fora da orbita
E nos últimos momentos ele viu
Um jovem ao seu lado presenciar sua agonia
Parado ali olhando
O gato que se contorcia
Depois de uns 15 segundos ou mais
O gato parou de agonizar
Olhando para o garoto estranho
Que então se virou e começou a se afastar
Diante das dores
O gato então desistiu
E naquela rua de pedras batidas
Da vida ele se despediu.
Foi quando seu dono chegou, era uma criança
Que mesmo com o gato amassado, morto na carne crua
Com as próprias mãos ele tristonho
Tirou o gatinho do meio da rua
Colocando-o no canto
Para quando o lixeiro passar
Vendo que a vida era tão frágil
Que para morrer era só vivo estar
E o estranho garoto?
Era um poeta sem sentimentos
Que viu na agonia e morte do gato
A verdade sem lamentos
A verdade
Que ele apenas queria para os amigos mostrar
Que muitas vezes a gente ri
Para com pena não chorar.
Gabriel Pontes.
O outro ponto de vista da História:
Uma amiga presenciou a minha pessoa vendo o gato sendo atropelado e me deixou isso no orkut, fazendo um paralelo por eu nunca responder seus screps e muitas vezes apagá-los sem responder.*
Olá, eu gosto de você. :D eu gosto de te mandar recadinhos. Mesmo sabendo que você vai apagá-los... que você vai passar por cima deles como aquela mulher passou por cima do gato.. que você vai esmagar minhas palavras como ela esmagou o estômago daquele felino... essas tão lindas frases que teimo em colocar pra fora que nem ficou o olho daquele gato.... mas mesmo assim eu gosto de você como aquele menino gostava de seu gato... a prova é tanta que eu pegaria em você como ele pegou o gatinho dele, se você estivesse morto e com o olho esbugalhado... e ainda ficaria admirando seu sorriso satisfeito por ter visto o exato momento do atropelamento.... por ter visto o pobre morrer sem ter culpa, por ter sentido o sangue correr nas veias, ao estar tão próximo daquele ser quase sem vida e ter vontade de... ajudar? socorrer? gritar? pegá-lo no colo e fazer com que os últimos segundos dele sejam felizes?
que nada, FALA sérioooo, ele queria mesmo era rir....
Larissa (Lala ploc)
Larissa (Lala ploc)