Páginas

Encerrado:

Aqui foi o começo de tudo, mas como todo filho um dia tem que ir embora decidi ir atrás de novas experiências literárias no Blog Meia Garrafa e Uma Dúzia de Histórias (www.gabrielpontes.com)
Algumas poesias selecionadas foram migradas para o novo blog.

Aqui jaz um menino cheio de sonhos que não repousam junto com ele.



Gabriel Pontes
g.ponteslima@gmail.com
Escritor

sábado, 22 de setembro de 2007

Meu pecado;


Meu pecado foi ter dito que não te amava quando por dentro o meu coração saltava de desespero ao ver teus olhos castanhos e teu cabelo liso.
Meu pecado foi ter dito que gostava de outra quando o meu único desejo era beijar tua boca.
Meu pecado foi ter te magoado e assim me magoado também.
Meu maior pecado foi naquela noite ter me envolvido demais.
Meu pecado foi ter despertado o amor sem poder ama-la
Meu maior pecado foi saber que foi uma noite e nada mas e ter me apaixonado.
Meu maior pecado foi ter te humilhado com medo do que sentia.
Meu maior pecado foi fazer você chorar.
Meu maior pecado foi ter falado mais do que deveria ouvir.
Meu maior pecado foi dizer que não senti nada naquela noite.
Meu pecado foi como castigo te ver hoje em outros braços.
Meu maior pecado foi ver hoje tua boca que um dia já foi minha, e teus abraços que em noites frias me aqueceu.
Meu maior pecado foi assim o meu maior pecado.
Tornado irônicamente ter como pecado o pecado por que sou um pecador e eu sei que Você sabia que eu sabia que você sabia que eu era injusto.
hoje do que mais me arrependo e do pecado que cometi.
Hoje ela não está comigo e assim eu sofri.
Como ela sofreu.
Como ela chorou.
Como ela viveu.
E ao contrario dela n foi feliz...

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

La vision...


Uma noite sonhei com um anjo, esse anjo era diferente de todos os demais, não se vestia de branco ou tinha azas, na verdade era uma mulher, uma linda mulher, o encanto de seus olhos azulados me estendia à mão como se quisesse me chamar a segui-la, no momento relutei, meu medo do desconhecido me tornava paralisado, mas a curiosidade comum de todo ser humano levou-me a segui-la.

Nos seguintes instantes não pronunciara nada, eu também não me preocupei em saber de onde vinha, a única dúvida que prevalecia até então era, o que queria me mostrar?


Levou-me então a uma espécie de túnel onde percebi que os meus pés não tocavam o chão, era se como se entre meu corpo e o chão formasse uma barreira neutra que impedisse o meu atrito com o solo, percebi então que o anjo parou em um certo ponto, mas novamente não falou nada, largou a minha mão, seguiu alguns metros a frente e apontou a uma porta, então entendi que estava querendo que eu entrasse.

Com receio atravessei o portal e então senti uma maior leveza, algo estranho tinha acontecido, senti o chão tocar meus pés, lá estava outra pessoa se identificou como Lúcio, pediu que eu me sentasse e perguntou o que eu mais queria na minha vida.

Respondi então se baseando na minha vida sofrida pobre e miserável, pedi então...

...Ele me interrompeu com um sinal, parei, ele me ofereceu riquezas com a condição de no lugar ele levar a vida de meu filho, obviamente neguei, então ele me ofereceu o mundo, com a condição de que em troca ele levaria toda a espécie humana, deixaria então somente a mim e o belo anjo, a garota que me trouxe ate aquele local pensei então, a tentação era grande, eu que nunca tive nada na vida ganhar o mundo e uma linda mulher (pois a minha tinha falecido), trocar por essas vidas que tornaram sua diversão matar, estuprar, roubar, saquear, em fim, por algum segundo pensei e tomei minha decisão.

Olhei para aquela presença que se mostrava rígida na minha frente, olhando profundamente em meus olhos como se adivinhasse os meus pensamentos e como se já soubesse minha decisão.

Foi então que ele perguntou:

-Qual a sua decisão final?

Eu então com um olhar sério neguei o convite, mesmo que possuísse o mundo não era certo trocar por vidas, muitas delas corruptas, mas muitas inocentes.

Então esse senhor levantou-se e disse:

-Eis aqui a criatura que criei, tudo que vem fácil vai fácil e nada paga o preço de uma vida, disse que havia várias formas de se ter o mundo que não fosse levando vidas, disse então em vós alta:

Abençoado seja por tornasse digno do reino dos céus...

E quando a névoa passou percebi que estava diante de Deus, mas ele não tinha forma quem se mostrava na minha frente era o anjo que me trouxe, na curiosidade pedi para vê-lo então ele disse:

-Quando quiser me ver, poderás a traves das folhas das arvores, do sol ao amanhecer, no seu próximo e mais perto que você imagina, dentro de você mesmo!

Então a vos se afastou e senti como se algo me puxasse de volta a terra, acordei então na U.T.I de um hospital, meu filho do lado, perguntei então o que havia acontecido, disseram me que eu estava na estrada dirigindo quando uma criança saiu correndo da pracinha que ficava paralela a rua, então para poder desviar joguei meu carro para cima da calçada e bati em um posta a 70Km/h, falei com os médicos sobre aquele sonho ( ou visão?) disseram que poderia ter sido dos analgésicos, mas tenho a certeza de que esse sonho teria sido realidade.

A parti daí passei a olhar a vida com outros olhos passei a enxergar além das fronteiras das vida e da morte, passei a ver Deus nas folhas das arvores, no mar, nas plantas, no sol e o que me deixa mais feliz de tudo é poder vê-lo e senti-lo em mim.

Gabriel Pontes

domingo, 9 de setembro de 2007

O homem do castelo. Parte 1;

Tentei chorar e não consegui, as lágrimas secaram em meus olhos, então tentei gritar, mas a minha voz não saíra de minha boca, trancafiado em um solitário castelo mal assombrado por meus tormentos e agonias. Convidei por várias vezes amigos desconhecidos e por várias vezes eles nem chegaram até aqui, muitos se perdiam no caminho da minha terra tão distante de qualquer canto e tão perto de qualquer lugar.

Por várias vezes tentei ser diferente, por varias vezes o que eu sou não me deixou ser melhor, minhas poesias inúteis só fazem parte da composição do poeta que sou, e se escrevo não é por que eu quero é por que não tem ninguém com quem desabafe;

Restritamente trancafiado não vejo a luz do sol a anos, apenas sinto a escuridão das minhas roupas e as luzes amareladas das velas brancas e acinzentadas...

Há tempos que não vejo o sol nascer, apenas pela janela da mais alta torre de meu castelo consigo sentir o por do sol já em seus últimos instantes, ou melhor, imagino como seja, pois tudo que vejo está na minha mente porque sou cego dês do 11 anos de idade.

A parti daí passei a sentir pena de mim mesmo, me condenei como um carrasco por ter matado muitas pessoas e, no entanto sou inocente;

Foi então que eu conheci o amor, era uma vez um amor e eu o matei, destruí a única oportunidade de deixar de lado o peso da solidão que se punha sentada em meus ombros, agora não era só tristeza de vez em quando vinha o remorso que passava a mão na minha cabeça e mais uma vez eu tentava chorar, mas o tempo havia me tornado uma pessoa com o coração de gelo, o tempo me tornara um monstro, eu havia deixado de ser um ser humano, e o que seria um ser humano?

Hoje apenas três sentimentos preservam em mim, os outros são apenas companheiros de passagem, me tornei sem saber uma criança que deseja um brinquedo, uma bicicleta para poder andar por ai, sentir o vento batendo em seu rosto.

Era uma vez a felicidade e eu a transformei em terror.

Era uma vez a paz, e eu a transformei em solidão.

Era uma vez um homem em seu velho castelo que da janela mais alta gritou, que da mais alta janela chorou, que da janela mais alta viu o nascer do sol a primeira vez, e da janela mais alta pulou...


Continua...

sábado, 8 de setembro de 2007

O homem do castelo parte 2;

E lá estava eu, sendo violentamente puxado pela força da gravidade, por um pequeno instante pensei ter arrependido-me de ter pulado, talvez o único pingo de amor pela vida tenha se manifestado de forma mais forte do que nas ultimas décadas.

Mas logo esse sentimento deu lugar a duvida do que aconteceria comigo a partir dali, tendo como única certeza à morte não sabia a qual lugar iria, o céu? Talvez. O inferno? Acho mais provável. Não sei aproximadamente qual era à distância de onde estava ao solo, mas nesse curto tempo pensei em tudo que fiz na minha vida, procurei pensar só em coisas felizes de meu passado, ou pelo menos tentei lembrar, em vão;

Mesmo no momento em que me preparava para o grande impacto ao qual e depositava toda a minha confiança de me levar para um mundo que na minha esperança seria melhor, veio-me um pensamento, na verdade um poema que ouvi a tempo a traz;

Pensei então nesse poema até então desconhecido em minha mente, durante todo o percurso eu o li em minha mente pronunciando cada palavra profundamente e lentamente, era um texto que dizia mais ou menos assim:

Se teus olhos um dia fecharem e ficares cego por décadas

Não sinta pena de si mesmo apenas abra os olhos

Não tenha medo jovem criança

Apenas abra os olhos;

Realmente foi o que fiz, ao passar a mão em meu rosto senti uma fita, uma espécie de gaze que pressionara meus olhos, então aos poucos fui desenrolando, desenrolando pacientemente e não esquecendo de citar os versos. Na ultima volta podia ver então uma claridade tal qual eu nunca tinha visto, depois de tirar toda a fita abri os meu olhos e para minha surpresa não era cego, apenas tinha me privado de enxergar a crueldade do mundo na época que vivia quando era pequeno.

Percebi também que não caia mais, minhas roupas ficaram presas em umas estátuas de gárgula que tinha em meu castelo, no tempo que passei pendurado vi o que jamais tinha visto, as flores, o sol, a grama verde, nesse momento então meus pulmões encheram-se de ar e uma lágrima escorreu sobre minha face, dessa vez essa lágrima não era de dor, era de emoção e um leve sorriso mostrava-se em meu rosto pude ver minhas mãos e o mundo ao meu redor.

Quando olhei mais atentamente vi pessoas matando umas as outras, vi homens matando animais indefesos, eles trocavam papeis e ferros redondos, vi no rosto de um dos homens um sorriso, como se aquela papel e aquela moeda tivessem algum valor, vi também no rosto dos animais e pude sentir das plantas um grito agonizante de dor e desespero. Notei que os homens que possuíam muito desse papel e desse pedaço de ferro tinham mais poder então havia no mundo uma desigualdade.


Vi também no alto de meu castelo pessoas passando fome, crianças morrendo, pessoas abandonadas, então abalado diante de tanta injustiça fechei meus olhos, pensei uma ultima vez se deveria tentar me agarrar em algum galho, pensei se sobreviveria em um mundo tão desigual um mundo que quem impera é um pedaço de ferro e um pedaço de papel, então coloquei a fita lentamente cobrindo meus olhos, e lentamente fui me soltando da estátua até me soltar completamente...


Escrito as 12:50 nos dias 08/10 primeira parte e 09/10 segunda parte;

By: Gabriel Pontes;


terça-feira, 4 de setembro de 2007

Pense nisso!




"Sempre tive pena de mim mesmo porque não tinha sapatos, até que encontrei um homem que não tinha pés."
(autor desconhecido)

Quem tem algo sempre se convence que não tem o bastante, por que seu amigo ou vizinho tem mais.
O ser humano é ingrato por natureza, inconformado, muitas vezes reclamamos dos pequenos lances injustos da vida, sendo assim acreditamos que tudo que temos, não importa se é muito ou é pouco, não é o suficiente para alimentar nosso maldito ego. Para que 30 pares de sapatos se você só tem dois pés?

?


Então, a felicidade não está dentro de nenhum carro, casa, mp3, ipods, celular, bicicletas, brinquedos, a felicidade está dentro de nós é só procura lá,onde? Dentro do seu coração!

Pense nisso e mude a partir de hoje!



Gabriel Pontes