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Encerrado:

Aqui foi o começo de tudo, mas como todo filho um dia tem que ir embora decidi ir atrás de novas experiências literárias no Blog Meia Garrafa e Uma Dúzia de Histórias (www.gabrielpontes.com)
Algumas poesias selecionadas foram migradas para o novo blog.

Aqui jaz um menino cheio de sonhos que não repousam junto com ele.



Gabriel Pontes
g.ponteslima@gmail.com
Escritor

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Reflexão.

Sei que me aproveito desse momento triste para criar textos, me chamaram de idiota. Usar a própria dor para escrever para estranhos, mastigar todas as angustias, as raivas, a dor para poder dar o que querem ler, como se meu sofrimento fosse o combustível que movesse esse blog. Tudo isso trona-me um insano, este blog um culto a agonia e os leitores pessoas curiosas e patéticas que tentam ver na vida alheia um forma de confortar seus problemas idiossincráticos.

Muitos talvez para manter a popularidade de um blog jamais ousaria dizer essas coisas. Eu não me importo. E se sofro regurgitando raivas, rancores, tristeza ou qualquer baboseira sentimentalista para poder escrever nove ou dez estrofes de uma poesia agorenta, alegre, estúpida, pornográfica ou pessoal também não faz nenhuma diferença, aliás o poeta é um fingidor. E que idiota não tiraria proveito disso?

Sinto-me estranho diante da mudanças que vem ocorrendo em minha vida uma atrás da outra, tomo consciência de que meu atos e pensamentos estão ficando equivocados, e que em diálogos com mentes perturbadas perco para meu pior inimigo: Eu mesmo. Me contradizendo com com uma criança de cinco anos que diz não ter pego o biscoito e mente até chegar no ponto de não conseguir seguir um tempo lógico entre as suas ações, e no meu caso, entre os meus "sentimentos".

Esses dias monótonos de chuva forte e ventos frios só pioram as coisas, as angustias parecem aflorar, a tristeza e a revolta de perder alguem para o medo usam bóias. O violão não me conforta mais, os livros neste momento me ajudam. Livros mais velhos do que meu espirito, encarnado no corpo deste símio.

A vida é uma grande mentira, a existência e nossa concepção de superioridade é patética e fútil. Somos apenas uma grande experiência, uma piada de mal gosto de Deus.

E revoltante, é deprimente, é caótico.

Pararei por aqui antes que perca meus leitores, mas aquele não não está disposto a ouvir "rosnadas" jamais será alguem de respeito, pois o caminho da vida é cheio de pessoas que acima de tudo não querem te ver feliz. E as vezes, as vezes, elas conseguem.

Gabriel Pontes

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Um amor para recordar.


Não importa o tempo que duram as coisas mas sim a intensidade que elas acontecem. Fui muito feliz, fiz alguem feliz (eu espero), mas tudo isso já estava previsto. Sempre soube que minha caminhada é solitária. Não mentirei, não direi que nada aprendi. Vivi.

Hoje o presente torna-se lembranças que sempre guardarei comigo, ainda olhando o retrato e sabendo que não voltarei a vê-la (quem sabe um dia?) vou tentando aceitar.

Mas a vida e o destino apesar de irônicos comigo me fizeram ver as coisas de uma forma diferente. Considerarei isso uma evolução. Não volto dessa experiência detestando o amor como sempre acontecia, entretanto meus pensamentos não mudaram sobre o assunto. Um dia uma amigo me disse que minhas vans filosofias não eram capazes de entender a simplicidade do amor. Ele tem razão, mas e dai? (rindo)

As vezes penso que é melhor está só. (não me interprete mal)

Vamos, por que todo fim é um começo e todo começo é um fim. (Pessimista?).

Gabriel Pontes.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Boo


Em um mundo não muito distante havia dois amigos. Um tinha as qualidades perfeitas para viver em uma sociedade. O outro, pelo contrário, era anti-social, grosso, irônico, sarcástico, cético. Essa pura arrogância era fruto de um pensamento filosófico movido por Nitz e Schopenhauer. Ele com certeza era diferente de tudo que aqueles que estava ao seu redor já tinham visto. Ele agia diferente, falava diferente ele era assim com os outros, mas com suas palavras e atos magoava até os seus poucos amigos, com palavras rudes, gestos rudes. Apesar de ser sempre presente nos momentos que eles precisavam isso era descompensado por seu humor pessimista.

Um dia esse feriu seu amigo dizendo a ele que o amor não existia e que ele era patético por acreditar nisso (acreditando ele que seu amigo não iria se importar com a rudeza a qual suas palavras transmitiam, achou ele que já estavam acostumado com seu jeito de ser.) Sabendo de seu feito ele não conseguiu pedir desculpas, por que seu ego era mais forte e então a única alternativa foi chamar seu amigo para conversar.

Quando eles se encontraram o ofendido então perguntou ao oligofrênico:

-Por que dissestes aquilo para mim?

-É inevitável brincar com o sentimento, eu não amo, eu não sinto, é interessante ver como as pessoas reagem, mas sei que por isso estamos nessa situação. (Ele Respondeu)

-Não por isso, "um amigo é aquele que sabe tudo sobre você e continua a ser seu amigo". (Perdoando-o com um sorriso no rosto, responde.)

-Mas por que? Por que ser amigo de alguem que é rude, que trata mal, que machuca com sua eloqüência quase convincente, que te ajuda a subir a montanha com uma mão e com a outra ameaça te jogar? Que brinca com seus sentimentos com punhais adocicados, depreciados e envenenados? (-perguntou com os olhos cheios de lágrimas)

E lhe respondeu:

-É por que eu posso ser a única ajuda de um moribundo.


Dedicado a todos os que ainda convivem comigo, o por que eu não sei ( talvez seja a a unica ajuda de um moribundo.), mas acredito que o que 'sentem' por mim seja verdadeiro a ponto de ignorarem a 'forma de ser deste desequilibrado': Caio Lemos, Lorran Mourão, Keila, Bruna Lima, Victor Girão, Jéssica, Marina, Franciele, Laydson, Bruno (bad), Larissa (Lala ploc), Larissa Paz, Henrique, e outros não citados.