Muitos talvez para manter a popularidade de um blog jamais ousaria dizer essas coisas. Eu não me importo. E se sofro regurgitando raivas, rancores, tristeza ou qualquer baboseira sentimentalista para poder escrever nove ou dez estrofes de uma poesia agorenta, alegre, estúpida, pornográfica ou pessoal também não faz nenhuma diferença, aliás o poeta é um fingidor. E que idiota não tiraria proveito disso?
Sinto-me estranho diante da mudanças que vem ocorrendo em minha vida uma atrás da outra, tomo consciência de que meu atos e pensamentos estão ficando equivocados, e que em diálogos com mentes perturbadas perco para meu pior inimigo: Eu mesmo. Me contradizendo com com uma criança de cinco anos que diz não ter pego o biscoito e mente até chegar no ponto de não conseguir seguir um tempo lógico entre as suas ações, e no meu caso, entre os meus "sentimentos".
Esses dias monótonos de chuva forte e ventos frios só pioram as coisas, as angustias parecem aflorar, a tristeza e a revolta de perder alguem para o medo usam bóias. O violão não me conforta mais, os livros neste momento me ajudam. Livros mais velhos do que meu espirito, encarnado no corpo deste símio.
A vida é uma grande mentira, a existência e nossa concepção de superioridade é patética e fútil. Somos apenas uma grande experiência, uma piada de mal gosto de Deus.
E revoltante, é deprimente, é caótico.
Pararei por aqui antes que perca meus leitores, mas aquele não não está disposto a ouvir "rosnadas" jamais será alguem de respeito, pois o caminho da vida é cheio de pessoas que acima de tudo não querem te ver feliz. E as vezes, as vezes, elas conseguem.
Gabriel Pontes