"Uns choram por que apanham, outros com vontade de apanhar!" Disse o pai ao filho.
Quando estudamos filosofia um novo mundo se abre a nossa frente, a filosofia como é definida no livro 'A História da Filosofia', é a ciência pelas causas primeiras, para resolver o problema da vida. Resolver, pois o primeiro passo é entender "acabe com causa que o efeito cessa", seguindo esse raciocínio de entendimento começamos a ver verdades que às vezes ficariam melhores se nós a mantivéssemos na ignorância.
O filósofo, o poeta, o cientista ou simplesmente aquele que estuda vê coisas deprimentes e na maioria das vezes revoltantes de forma nua e crua, chegando ao ponto de ser descrente a tudo e a todos. Isso segundo os ditos Confúcio é cair em sua própria astúcia. A vida torna-se uma grande ilusão. Ainda há aqueles que conseguem administrar esse bombardeio de conhecimento e através dele se torna mais evoluído socialmente, vendo a vida de uma forma positiva e alegre, que apesar de tudo, a verdade dolorosa e melancólica, acredita que tudo a qualquer momento pode melhorar.
Entretanto a aqueles que por algum motivo não sabe lhe dar com esse pouquíssimo conhecimento que lhes foi apresentado e com as "verdades" adquiridas com o estudo da filosofia (não só ela, mas principalmente.) definha ou a aqueles que tentam manter-se instável, para não cair em sua astúcia. Essa descrença na vida cria um vazio dentro do ser, um sentimento forte de impotência, de tristeza, de injustiça e NADA MATERIAL PODE PREENCHER ESSE VAZIO. Na maioria das vezes esse vazio é confundido como ingratidão, eles alegam que com tanta fome, doença, guerra no mundo uma pessoa que tem a saúde, comida, mimos e paz não deveria ser 'revoltado' (pois é assim que na ignorância eles me vêem). Isso uma tremenda imbecilidade. É como dizer que um rico, ou alguém que vive bem jamais deveria ter de se revoltar com o mundo. Como se o conhecimento e a filosofia fosse para os pobres que realmente tem motivos para se angustiar, para chorar, para não acreditar. Tudo isso é um grande preconceito idiota, pela filosofia e o conhecimento eu largaria tudo!
Mas como sempre os moralistas e 'ressentidos' de plantão dirão que falo isso, que largaria tudo, por que 90% do que hoje tenho não fui eu quem comprou porque não saiu do meu bolso e que eu sou só mais um boyzinho revoltado que presenteia a classe média e cospe no que os pais o dão. Mais um absurdo, mais uma idiotice. Gautama Buda nasceu em uma família rica e a largou para ir à procura da verdade e sentado em baixo de uma árvore a "verdade" descobriu (o que não pode ser afirmado como verdade absoluta, pois conhecimento sempre abre portas ao desconhecido, a uma tese, a uma antítese para ser formado uma síntese.) Primeira verdade: A Vida é o sofrimento. Segunda verdade: A causa do sofrimento é o desejo. Terceira verdade: É mister suprimir o desejo para suprimir o sofrimento. Quarta verdade: Para suprimir o desejo é preciso praticar oito mandamentos éticos. (Que constituem na salvação e levam o individuo ao nirvana). E dessa forma se deu inicio ao budismo.
Buda tinha sua missão, e sua família não foi capaz de entender, levando-o ao extremo de abandoná-los para assim se libertar.
A vida é ilusória, e todos temos esse vazio (inconscientemente) a diferença é que para uma pessoa que se abre ao conhecimento ele se torna consciente e nós não procuramos desculpas para preenchê-lo como deuses que cuidam de nós e que se preocupam com nossos atos, religião, mulheres, homens, sexo, drogas, vida de pura curtição ou a morte. A certeza de que tudo isso terá um fim. Para muitos todos os dias é hora de viver, a cada hora que passa para nós morremos e renascemos numa eterna angustia. Ao preço da ignorância ao preço do elogio da loucura.