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Aqui foi o começo de tudo, mas como todo filho um dia tem que ir embora decidi ir atrás de novas experiências literárias no Blog Meia Garrafa e Uma Dúzia de Histórias (www.gabrielpontes.com)
Algumas poesias selecionadas foram migradas para o novo blog.

Aqui jaz um menino cheio de sonhos que não repousam junto com ele.



Gabriel Pontes
g.ponteslima@gmail.com
Escritor

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Eu não amo, eu não sinto;




Você ri de mim, me ridiculariza, me chama de palhaço...
Eu não amo, eu não sinto
Eu não choro, eu não minto
Eu vivo a cada dia faminto
Como um mero e reu palhaço!

Choro, pois minha tristeza é o conforto de minha alma
Choro, pois não amo
Choro, pois não sinto
Choro, pois não minto
E vivo neste mundo faminto
Até que o amor vem e me mata!

Até renascer na poesia, na dor
Renascer por que não mais amo
Renascer por que não mais sinto
Renascer por que não mais minto
E vivo e sempre viverei nesse mundo faminto
Condenado a sofrer eternamente de amor.

Gabriel Pontes

domingo, 28 de setembro de 2008

Abstrato!


Sou seu sonho, sua vida
Neste álbum de retrato
Procuro encontrar meiguice
Nestes retratos abstratos

Procuro o cinza
neste mundo azulino
Procuro o vermelho
Neste coração albino

Neste abstrato que é viver
Sem mesmo dispor da média
Nesta sorte que é sofrer
Vivendo e desfrutando dessa tragédia

Quero apenas que saiba
que o abstrato é minha forma de expressão
Pois o que escrevo não sai de minha mente
Sai de meu coração

Mesmo que na vida não haja erros
Mesmo que não posso assim errar
Quero apenas desfrutar deste erro
Dessa tragédia que é amar!

Gabriel Pontes

sábado, 27 de setembro de 2008

Sua vida, sua sorte.



Seu toque, seu cheiro
Seu perfume, seu medo
Seu mundo passageiro
Seu rosto, seu segredo

Seu beijo, sua vida
Sua alma, seu cortiço
Sua face, marcada e sofrida
Seu suor seu sacrifício

Sua busca inesperada
Sua tirada de maestrina
Sua velhice abalada
Sua face de menina

Seu corpo, seu coração
Sua mente, sua sorte
Seu medo da vida
Seu nome é Morte.

Gabriel Pontes

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Te Perdi


Ele não quis esperar
Mulher, te pedi para o tempo
Eu que esperei demais
E hoje só lamento

Sei que o ama agora
E só de pensar como pude eu
Esperar tanto tempo para galantear-te
Esse cara poderia ser eu

Namoras agora fulano
Nada posso fazer
Queria apenas voltar no tempo voando
E voar rapidinho e Te Amo iria dizer

Mas agora é tarde
Culparei eternamente o vento
Hoje as lágrimas da minha face
São lágrimas de lamento!

Por que te perdi!

Gabriel Pontes

Erótico


Teu corpo moreno amado
Padeci na tentação
Doce prazeroso pecado
Prazer, luxúria e tentação

Toque a toque padecer
Hábitos da mais pura perversão
Sexo, inescrupuloso amado
Na cama da aflição

Na palha
Na mata
Não fala
Não mata

É sexo apenas sexo
E cor apenas cor
E vida apenas vida
E sexo é amor?

Dois corpos e uma alma
Duas vidas e um prazer
Duas bocas mudas
Até o grito, gemido, nascer

Corpos cansados
É criada a maldição
Do homem e que agora no ventre nasce
E que se tornará outra aflição

Até que nasce
Adolescente atleta
E se a vida não o cessasse
Seria o maldito poeta!

Ali sozinho
Com a alegria ausente
Até que o sexo torna
A formar mais um indigente!


Gabriel Pontes

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Cigana


Cigana com teu sorriso encantador

Encanta-me com as atitudes amorosas

Traz no semblante o esplendor

E o perfume delicioso das rosas


A experiência te fez guerreira

Mesmo assim ainda tem um enorme coração

Mesmo a enfrentar as pedreiras

Trazes a vitória gravada nas linhas de sua mão


É do sol a luz da bonança

É do jardim a mais bela flor

É do horizonte a esperança

É da vida a paixão pelo amor


Não a mais o que falar

De tão bela flor

Que ainda tem de selar

Um compromisso definitivo com o amor...


Gabriel Pontes - Inspiração: Silvia Farias