Todo nesse mundo é apenas um desgaste
Vivo vagando e me perguntando:
Pai, por que me abandonastes?
Perambulo pelos cantos
Fazendo o que sempre fazia
Encontrando o aconchego nos ombros amigos
Na velha e manjada boemia
Que propósito tenho eu
Que ainda ponho-me a indagar
Quando olhando para trás vejo tudo o que passei
Mas na frente vejo muito caminho a trilhar
Encontro-me sem rumo
Colhendo os frutos que eu mesmo plantei
Indagando-me com tom desajeitado:
Pai, por que te abandonei?
Uno minhas mãos em oração
Peço refúgio a quem não acredito
A ele mesmo, o tão famoso Deus
Ou nas garras do feroz Mefisto
Sinto vontade de repor
Meu coração que eu aposentei
Logo ali atrás do armário
Dentro de uma caixa de sapatos onde eu o coloquei
Mas que nada
Não a coragem para que isso seja feito
Sempre serei o renegado anjo de Deus
Jamais lembrado pelos seus feitos
Sou o poeta sem coração
Sem Deus o poderoso abrigo
Serei para sempre escravo de minha devoção
Pelo confuso mundo por mim escolhido.
Gabriel Pontes
Vivo vagando e me perguntando:
Pai, por que me abandonastes?
Perambulo pelos cantos
Fazendo o que sempre fazia
Encontrando o aconchego nos ombros amigos
Na velha e manjada boemia
Que propósito tenho eu
Que ainda ponho-me a indagar
Quando olhando para trás vejo tudo o que passei
Mas na frente vejo muito caminho a trilhar
Encontro-me sem rumo
Colhendo os frutos que eu mesmo plantei
Indagando-me com tom desajeitado:
Pai, por que te abandonei?
Uno minhas mãos em oração
Peço refúgio a quem não acredito
A ele mesmo, o tão famoso Deus
Ou nas garras do feroz Mefisto
Sinto vontade de repor
Meu coração que eu aposentei
Logo ali atrás do armário
Dentro de uma caixa de sapatos onde eu o coloquei
Mas que nada
Não a coragem para que isso seja feito
Sempre serei o renegado anjo de Deus
Jamais lembrado pelos seus feitos
Sou o poeta sem coração
Sem Deus o poderoso abrigo
Serei para sempre escravo de minha devoção
Pelo confuso mundo por mim escolhido.
Gabriel Pontes