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Encerrado:

Aqui foi o começo de tudo, mas como todo filho um dia tem que ir embora decidi ir atrás de novas experiências literárias no Blog Meia Garrafa e Uma Dúzia de Histórias (www.gabrielpontes.com)
Algumas poesias selecionadas foram migradas para o novo blog.

Aqui jaz um menino cheio de sonhos que não repousam junto com ele.



Gabriel Pontes
g.ponteslima@gmail.com
Escritor

quarta-feira, 30 de julho de 2008


"Quando olhar e perceber que todos aqueles que lhe julgaram e perseguiram ficaram para trás, verá então que outros virão pela frente!"

(Gabriel Pontes)

terça-feira, 29 de julho de 2008

E por fim;

Chorei pela vida
Chorei como criança
Chorei pela morte
Chorei pela lembrança

Sorri pela alegria
Sorri na dor
Sorri disfarçadamente
Sorri pelo amor

Vivi pelo caminho
Vivi pela ameaça
Vivi na solidão
Vivi na farsa

Sonhei com você
Sonhei com a paixão
Sonhei com tudo
Sonhei com essa ilusão

E por fim
E por mim
E por um sim
É o fim...

Gabriel Pontes

sábado, 26 de julho de 2008

A Casa;

Não pude conter as lágrimas, o retorno a minha casa tirava-me o ar, há muito tempo atrás a deixei para seguir meu rumo e hoje a reencontro aqui, mas sem a presença de minha mãe.

Ao abrir a porta o toque frio da maçaneta fez-me arrepiar o braço, como era de costume deixei os sapatos na escada e por fim pus o primeiro pé no meu passado. O chão frio de mármore levava-me as lembranças alegres e tristes de uma infância sofrida. Subindo as escadas os quartos permaneciam do mesmo modo que o deixei, a cama ainda se encontrava arrumada da forma que minha falecida mãe a deixou e não contive o choro ao ver a foto onde se encontrava minha família. Enxuguei as lágrimas e logo voltei a chorar, a falta que fazia minha mãe, ou melhor, minha família apertava o meu peito como se estivesse tirando minha alma, mas tinha que me conter por mais forte que fossem minhas lembranças.

Chegando a cozinha me vi sentado a mesa com minha mãe me servindo o almoço, arroz, feijão, batata e carne, podia sentir o gosto, o cheiro, mas logo a lembrança se apagou.

Ao sair da casa a velha árvore onde se encontrava o balanço não existia mais por decorrência do tempo, as flores apodreceram de saudade, de tristeza, de dor. O mundo uma vez me tornou menino hoje volto como homem para ver meu passado.

Assim, torno a calçar-me e sem olhar para trás deixo meu passado mais uma vez abandonado, na solidão, no desespero na ilusão.


Gabriel Pontes;

Fugindo de Mim;

Mais que um sorriso doentio, mas do que um olhar pavoroso, mais do que um corpo mutilado...

Fugi, correndo vigorosamente tropeçando nas pedras e nos galhos que se encontravam ao chão. Minha respiração tão ofegante se fazia ouvir distante e meu medo sentido a léguas;

Os animais da floresta me olhavam de uma forma assutada, mas medo maior sentiam ao olhar minha face, imagem triste vi de um homem no qual rosto era virado para trás e o corpo pra frente e tamanha foi a repulsa ao ver as lagrimas de seu rosto escorrer entre o rego das nádegas. Correndo ainda sem olhar pra trás diante das perguntas sem sentido que se formulavam em minha mente sombria. Quem é você? Quase não pude responder, pois no momento era apenas um animal maldito perdido na mata correndo de algo e fugindo de si mesmo.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

"Sem o Iguatemi aqui seria apenas uma salina!"



Observação do Escritor:

Meu Deus quem há de falar mal (ou ousar) do homem que promoveu profundas transformações no estado, o Galeguinho dos Olhos Azuis?? Gabriel Pontes; Os fins justificariam os meios? Maquiavel se remexe no tumulo, como diria Micharles: “Projeto tempo de avançar a ênfase no ensino do Português e da matemática, o português para pegar o ônibus e a matemática para pagar a mercearia.” "Dono de shopping centers" Iguatemi Fortaleza Ceará, leiam o trecho extraído do site SOS COCÓ (http://soscoco.blogspot.com/2007/06/fazendo-nossa-parte.html) :

"...Foi-se falado das várias ameaças que permeiam a área ecológica - dentre elas o Iguatemi Empresarial, a Av. Juarez Barroso e outras construções. Foi colocada, juntamente, a idéia de que o mundo precisa ser cuidado. Que nós estamos sofrendo com o que foi feito até agora com o Planeta, e que não podemos mais deixar essa situação continuar – um verdadeiro caminhar para o abismo da extinção em nome do dinheiro."

"...Uma delas foi a não participação dos meios de comunicação, ditos de grande porte, com os fatos que aconteceram, e acontecem, na cidade em relação ao Cocó. Há um possível “abafamento” por parte da mídia local, para não mostrar as constantes manifestações e outros acontecimentos que deveriam ser dever deles informar. Além de vincularem a propaganda, de caráter extremamente duvidoso, do Iguatemi; em que mostra pessoas defendendo que o Parque do Cocó não existiria sem o shopping - sendo isso uma falácia e uma desinformação total para o povo. Constatamos que a responsabilidade social do jornalismo não anda sendo exercida, o que nos faz perder credibilidade em certos veículos - como os jornais impressos e a mídia televisiva."

É realmente triste passar na garagem do Iguatemi e ver a frase "Sem o Iguatemi aqui seria apenas uma salina", mais angustiante ainda é ver as pessoas compactuar com tudo isso. Lei constitucional: Todo imóvel dever ser construído a no mínimo 100 metros de distância de áreas preservadas, bem o Iguatemi encontra-se dentro de uma e para os que são a favor do desmatamento do que para muitos é um "berçário de mosquito" peço que abram os olhos: Cobras no extra, no estacionamento mosquitos, brigas, arrastões, mas a mídia é corrupta e abafa os casos, aliás, estou falando do Poderoso Chefão! Peço perdão por ser drástico, mas "o Iguatemi é uma obra assassina e a natureza á de se vingar!"

“IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;”

Gabriel Pontes;

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Bruna

Quando suas palavras
Chegaram em forma escrita aos meus olhos
Mostrou-me que era encantadora

Quando seus pensamentos
Chegaram em mim em forma de letras
Mostrou-me que era inteligente

Quando Teu belo sorriso
Chegou a mim em forma de sonho
Percebi então o sentido da vida.

Gabriel Pontes

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Que mistérios traz em teus olhos morena?

Que mistérios traz em teus olhos
Menina morena que nos olhos castanhos esconde
A luz e o encanto de uma menina sonhadora
Que vê na praia do pensamento a luz do horizonte

Que mistérios traz em teus olhos morena?
Que o olhar torna-se encantador
Espalha doçura morena
Nos corações que sofrem de amor

Mas o que traz em teus olhos morena?
Tão intrigante seria o que traz?
O que minha mente poderia dizer
No teu coração morena o que traz?

Entender jamais conseguiria
A dúvida que esse teu olhar me traz
Então me diga morena
O que no teu olhar tu traz?


Gabriel Pontes; Inspiração: Amanda Lemos

Dantesco por Acaso:

É angustiante por momentos parar e ver que está só, sei que minha vontade de ser diferente torna-me como Nietzsche, é angustiante “ser um fantasma de mim mesmo” e saber que tudo que falo não passa de "loucuras de um desocupado".

Meus pensamentos nunca permanecerão na memória de meus amigos, pois sei que a maioria deles já me passaram na popularidade, talvez seja o que qualquer jovem de minha idade deveria estar fazendo. É cruel parar e ver que a luta pelo qual dedico meu tempo muitas vezes se tornar em vão, e parar para pensar, olhar a minha volta e perceber uma coisa talvez óbvia: “Não se pode abarcar o mundo com as pernas.”

É angustiante ser taxado de louco, quando a loucura nada mais é do que a vontade de querer mais, como sempre o ser humano cria uma imagem negativa de tudo aquilo que teme e por sua vez apelidam de louco um ser que procura ver, sentir e desfrutar da verdade;

“As pessoas vêem as coisas e perguntam: por quê? Eu Sonho com coisas inimagináveis, imagino coisas insonháveis e me pergunto: por que não?”

O caminho da sabedoria prematura é angustiante, talvez por ser solitária e incompreensível. Talvez essa figura arrogante de um maluco sem sentimentos nada mais seja do que um grande disfarce para uma alma magoada e frágil. Talvez a firmeza nas palavras e o egocentrismo sejam armas na luta contra a solidão.

E quando penso assim, deste jeito “Louco”, no qual me encontro, chego a imaginar-me sozinho, sem amigos e até mesmo sem amor (se é que ele existe), sentado em um banco de praça acompanhado de um belo uísque ou um vinho tinto.

Hoje o amigo que tenho encontro nos livros que leio, e dessa forma vivo (ou sobrevivo?) neste mundo deles.

Se pudesse voltar no tempo e escolher meu futuro, talvez, estivesse hoje no meio da rua jogando futebol, ou sendo um “vivedor” curtindo por ai. A única certeza que tenho é que talvez eu não tenha vindo a terra para algo comum como a maioria. Sei que me preparo para algo grande (Ainda na dúvida se serei um bem ou um mal a humanidade). Ate lá continuarei nesse jeito louco e talvez assim, só, encontrarei o caminho rumo as mais longínquas estrelas.

Gabriel Pontes;