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Aqui foi o começo de tudo, mas como todo filho um dia tem que ir embora decidi ir atrás de novas experiências literárias no Blog Meia Garrafa e Uma Dúzia de Histórias (www.gabrielpontes.com)
Algumas poesias selecionadas foram migradas para o novo blog.

Aqui jaz um menino cheio de sonhos que não repousam junto com ele.



Gabriel Pontes
g.ponteslima@gmail.com
Escritor

quinta-feira, 10 de abril de 2008

O Eu Lírico;

Ela veio e me tocou, pediu que lhe desse a mão, o seu toque frio tirou-me a vida e me levou as profundezas dos pensamentos.
Ó dor, me acompanhava em todo canto que ia, com ela sentia o consolo e em quanto me levava a esse mundo desconhecido passava em minha mente todo o filme de minha vida no qual eu era o protagonista.

Lembrou-me tudo do que tinha feito, mas a parte que mais me tocou foi os amores que sempre sonhei e as desilusões que sempre sofri, se pudesse contar quantas vezes acreditei que aquela seria a que me iria fazer feliz, se pudesse contar quantas vezes fiquei acordado com aquele frio na barriga esperando amanhecer o dia para te ligar.

Mas quando a realidade vinha, sempre aparecia um motivo que me tirava esse "amor" dos braços, se pudesse contar as vezes em que me encontrei deprimido a chorar pelos cantos, a criar músicas tristes por que aquele amor infinito da noite para dia se tornou finito e quanto mais tentava sustenta-lo mais ele se esvaía como a areia que escapa entre os dedos.

O doce amor que preencheu uma boa parte da minha vida, o amor que me causou grande parte da minha dor. Chego a pensar em quantas vezes a creditei que tudo era tão verdadeiro e puro que o mundo nada seria diante de amor que sentia, se pudesse imaginar o quanto sofri a cada palavra absurda dita, a cada relacionamento terminado por que eu a amava de mais.

O quanto me via triste e magoado e quando me dava conta tinha brigado com a amioria dos meus migos por causa dele e lá estava eu só, como um animal sujo e rejeitado pela sociedade, um leproso sem nome, sem identidade "[...]O amor comeu meu silêncio[...]" sem moral.

E quando ao juizado cheguei, perguntei se isso tudo por que passei seria um castigo por nunca ter sentido o que é o amor verdadeiro. Foi quando um homem barbado e bem velho levantou-se do seu trono e disse-me: "O amor é um sentimento no qual os homens e mulheres vivem incondicionalmente a procura, o famoso "par perfeito", mas quando se olha esse sentimento não existe, pois esse amor que o homem tanto procura pode ser encontrado em um gesto ou em um simples ato de CARIDADE.

Quando levei esse choque ou melhor esse "tapa na cara" foi ai que percebi que nunca fiz nada em benefício do meu próximo, tudo sempre pensando no meu umbigo[...]

[...]Foi ai que acordei no meu quarto e novamente encontrava-me deprimido por um amor extinto. Um pobre senhor bateu a minha porta, quando abri ele com aquela aparência pálida e no rosto a fome e a espera da morte, me pediu algo a comer, quando ia dizer o NÃO, passou em minha mente todo o episódio que vi nos meus sonhos(?!). E então abri minha porta a ele e o sentei a mesa e deste dia então nunca me faltou amor, pois aprendi a lição mais importante da vida.

O amor é onipotente e onipresente em todo gesto, toque e afeto.

Gabriel Pontes;

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