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Aqui foi o começo de tudo, mas como todo filho um dia tem que ir embora decidi ir atrás de novas experiências literárias no Blog Meia Garrafa e Uma Dúzia de Histórias (www.gabrielpontes.com)
Algumas poesias selecionadas foram migradas para o novo blog.

Aqui jaz um menino cheio de sonhos que não repousam junto com ele.



Gabriel Pontes
g.ponteslima@gmail.com
Escritor

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Dantesco por Acaso:

É angustiante por momentos parar e ver que está só, sei que minha vontade de ser diferente torna-me como Nietzsche, é angustiante “ser um fantasma de mim mesmo” e saber que tudo que falo não passa de "loucuras de um desocupado".

Meus pensamentos nunca permanecerão na memória de meus amigos, pois sei que a maioria deles já me passaram na popularidade, talvez seja o que qualquer jovem de minha idade deveria estar fazendo. É cruel parar e ver que a luta pelo qual dedico meu tempo muitas vezes se tornar em vão, e parar para pensar, olhar a minha volta e perceber uma coisa talvez óbvia: “Não se pode abarcar o mundo com as pernas.”

É angustiante ser taxado de louco, quando a loucura nada mais é do que a vontade de querer mais, como sempre o ser humano cria uma imagem negativa de tudo aquilo que teme e por sua vez apelidam de louco um ser que procura ver, sentir e desfrutar da verdade;

“As pessoas vêem as coisas e perguntam: por quê? Eu Sonho com coisas inimagináveis, imagino coisas insonháveis e me pergunto: por que não?”

O caminho da sabedoria prematura é angustiante, talvez por ser solitária e incompreensível. Talvez essa figura arrogante de um maluco sem sentimentos nada mais seja do que um grande disfarce para uma alma magoada e frágil. Talvez a firmeza nas palavras e o egocentrismo sejam armas na luta contra a solidão.

E quando penso assim, deste jeito “Louco”, no qual me encontro, chego a imaginar-me sozinho, sem amigos e até mesmo sem amor (se é que ele existe), sentado em um banco de praça acompanhado de um belo uísque ou um vinho tinto.

Hoje o amigo que tenho encontro nos livros que leio, e dessa forma vivo (ou sobrevivo?) neste mundo deles.

Se pudesse voltar no tempo e escolher meu futuro, talvez, estivesse hoje no meio da rua jogando futebol, ou sendo um “vivedor” curtindo por ai. A única certeza que tenho é que talvez eu não tenha vindo a terra para algo comum como a maioria. Sei que me preparo para algo grande (Ainda na dúvida se serei um bem ou um mal a humanidade). Ate lá continuarei nesse jeito louco e talvez assim, só, encontrarei o caminho rumo as mais longínquas estrelas.

Gabriel Pontes;

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