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Aqui foi o começo de tudo, mas como todo filho um dia tem que ir embora decidi ir atrás de novas experiências literárias no Blog Meia Garrafa e Uma Dúzia de Histórias (www.gabrielpontes.com)
Algumas poesias selecionadas foram migradas para o novo blog.

Aqui jaz um menino cheio de sonhos que não repousam junto com ele.



Gabriel Pontes
g.ponteslima@gmail.com
Escritor

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Acordei então, as correntes prendiam meus pés a parede, e notei minhas mãos sangrando com a impunidade presente...

O nariz de palhaço abandonara-me nessa hora humilhante, e a maquiagem do personagem sumira com as lágrimas do meu semblante...

E pensei então no brilho das estrelas, que não chegava onde estava, a luz do fim do túnel surgia, e a sociedade me crucificava...

Não concordo com que diz, os senhores do poder, pois sei que o pior cego é aquele que não quer ver...

E tentou me convencer, a acreditar que tudo estava perfeito, mas fiquei a relutar, trancado naquele quarto estreito...

Eu sou submisso, sou o único que grita na multidão de mudos, e penso nisso, quando consigo arrancar as correntes do muro...

E a liberdade é pior que a prisão, pois sei que estou em um outro mundo, um pais sem ação...

Culpa do governo? É o que todos dizer, mas será mesmo deles a culpa, pois somos nós que sofremos com o que eles vem a fazer...

O povo tem o governo que merece, tem sim senhor, o povo escolhe pelas promessas e não pelo histórico do doutor...

Em fim seja assim creditado, mesmo que as correntes dos meus pés tenham soltado, continuo prisioneiro do meu pesadelo, poeta, artista que se expressa com o peso continuo do medo...

Gabriel Pontes

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