Ele era apenas uma criança
Por seus sonhos que o embalava
Sonhava querer mudar o mundo
Sonhava, sonhava, sonhava...
Ele era apenas uma criança
Alimentando sua alma de idéias armadas de paz
Ele era apenas uma criança tola
Mal sabe que não chegará a ser um rapaz
Ele era apenas uma criança
Que não compreendia o quanto o mundo é desigual
Indignava-se ao ver tanta injustiça
Quando assistia um noticiário local
Ele era apenas uma criança
Quando viu uma multidão se formar na calçada
De um lado os manifestantes e revolucionários
De outro a policia armada
Ele era apenas uma criança
Quando seus pezinhos correram para manifestar também
Mas quando percebeu já era tarde
A polícia avançava como um trem
Ele era apenas uma criança
Com a cara toda amassada
Ele não resistiu, ele não resistiu
Ele não chora nem dá mais risada, não chora nem dá mais risada.
Gabriel Pontes
2 comentários:
lindo texto...
vc todo dia me surpreende, onde vc esconde tudo isso?
ai fica a dica,quando pensa demais, as vezes fica tarde demais pra tentar mostrar de que lado esta, o qu é, como se sente... pra se mostrar...
realmente há muita injustiça no mundo e são poucos o que desejam mudar essa situação. A "criança" do poema foi um exemplo de tentativa de alterar um sistema mundial desigual, mas que infelizmente não deu certo. Talvez as pessoas devessem pensar mais naquilo que ocorre ao seu redor, ao invés de continuarem sendo individualistas e pensarem apenas no lucro. Afinal a injustiça começa a partir do capitalismo, certo? Para mim o erro está aí.
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